A declaração de Mauro Cezar direcionada a Memphis Depay, do Corinthians

Memphis Depay com a camisa do Corinthians em 2024 (Foto: Reprodução/Instagram)

O desempenho de Memphis Depay no Corinthians voltou a ser pauta após o empate em 1 a 1 com o América de Cali, pela Copa Sul-Americana. A atuação do atacante holandês gerou críticas incisivas por parte do jornalista Mauro Cezar Pereira, que apontou a ausência de uma postura mais combativa e inspiradora por parte do jogador em campo.

Durante sua participação no UOL News Esporte nesta quarta-feira (07), Mauro foi direto ao afirmar que Memphis “parece pecho frío” — termo comum na Argentina e em países vizinhos para definir atletas que, segundo ele, demonstram frieza ou apatia em momentos decisivos.

“Às vezes falta ao Memphis um pouco mais de sangue”, declarou. Para o comentarista, o jogador não tem correspondido às expectativas que acompanham seu nome e seu alto salário: “Um líder não é só técnico, é também de alma, dentro do campo. O outro jogador olha e vê entrega. Ele não tem essa pegada, não”.

O jornalista também comparou a ausência de protagonismo do atacante com o desempenho exigido em confrontos de maior peso. Apesar de ter marcado o gol que abriu o placar contra o América, Depay novamente não foi decisivo.

“Ele faz 1 a 0, e pensamos: será que hoje ele vai botar o jogo no bolso? Não, não foi”, pontuou Mauro. A crítica central é de que, mesmo com o talento reconhecido, o atacante não assume o papel de referência emocional e técnica nos momentos em que o Corinthians mais precisa.

A cobrança aumenta diante do cenário complicado do clube na Sul-Americana. Após o empate em casa, o time alvinegro ficou na terceira colocação do Grupo C, com cinco pontos. O Huracán lidera com sete, seguido pelo próprio América de Cali, com seis.

Restando apenas duas partidas — ambas fora de casa — o Corinthians não depende mais apenas de seus resultados para avançar. Precisará vencer o Racing-URU, no dia 15 de maio, e o Huracán, no dia 27, além de torcer por tropeços dos rivais.

Essa combinação de rendimento coletivo irregular e a ausência de uma figura de comando em campo têm agravado o momento da equipe. “Se ele entregasse dentro de campo o que se espera tecnicamente, talvez a questão da postura passasse despercebida. Mas não é o caso”, completou Mauro Cezar.

Enquanto isso, o clube precisa urgentemente reencontrar sua consistência. Além dos desafios táticos e estratégicos, o fator emocional e a mobilização dentro de campo têm pesado. A expectativa de que Memphis seja o homem de referência esbarra justamente na falta do que Mauro definiu como “alma de líder”.