Após conquistar sua primeira vitória como técnico do Grêmio, Mano Menezes adotou um tom crítico ao comentar sobre o trabalho deixado por Gustavo Quinteros. Sem mencionar diretamente o nome do antecessor, Mano indicou que precisou reformular diversas práticas adotadas anteriormente para ajustar a equipe às características dos jogadores disponíveis no elenco.
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De acordo com Mano, uma das mudanças iniciais foi a redução dos lançamentos excessivos, que, segundo ele, prejudicavam a atuação dos meias. “Quando uma equipe joga muito direto por escolha da ideia, os meias começam a ver a bola passar muito por cima deles”, afirmou. A crítica foi direcionada especialmente às dificuldades enfrentadas por Cristaldo e Monsalve, que, conforme o treinador, não rendiam por estarem distantes do jogo coletivo.
Além disso, Mano destacou a diferença de abordagem entre ele e Quinteros no aspecto tático. Enquanto o antigo técnico priorizava um modelo fixo, adaptando os atletas à sua ideia, Mano afirmou fazer o caminho inverso: “Escolhemos uma ideia, trabalhamos com convencimento”. A avaliação também foi reforçada pelo diretor de futebol Guto Peixoto, que comentou sobre a adaptação do estilo de jogo ao perfil do elenco.
Outro ponto abordado foi o posicionamento defensivo. Mano ressaltou que ajustes nessa área foram cruciais para melhorar o desempenho de jogadores como Jemerson e Cuéllar. Para ele, “um time bem posicionado faz os jogadores crescerem”, reforçando a importância da organização coletiva para o rendimento individual.
Por fim, ao tratar da marcação alta, o treinador reconheceu que a estratégia não surtiu efeito na partida contra o Santos. Mano defendeu a revisão de conceitos táticos que não geram resultado: “Quando começa a não dar resultado, não tem lógica manter”. Dessa forma, deixou claro que prioriza a eficiência e a adaptação ao contexto de jogo.
Essa vitória, além de aliviar a pressão sobre o time, marca o início de uma nova fase no planejamento tricolor, agora sob o comando de Mano Menezes.