Corinthians adota plano emergencial para enfrentar a crise

Escudo do Corinthians na Néo Química Arena (Foto Reprodução/Instagram)

O Corinthians vive um momento crítico fora de campo e, para lidar com isso, a diretoria liderada por Augusto Melo anunciou um plano emergencial com o objetivo de reduzir os custos operacionais do clube. 

Dessa maneira, a gestão busca reequilibrar as finanças e garantir a sustentabilidade do clube em um cenário de crescente endividamento.

Medidas rigorosas para conter os gastos

O plano estabelece um prazo de dez dias corridos, a partir da última terça-feira, para que todas as áreas do clube implementem ações de corte. Além disso, o documento assinado pelo presidente Augusto Melo e pelo diretor administrativo, Ricardo Jorge, exige uma “redução mínima de 30%” tanto no número de funcionários quanto nas despesas gerais de cada departamento.

Essas ações incluem a revisão de contratos considerados “não essenciais”, além da redução de custos com materiais operacionais e de escritório. O clube também dará prioridade à reutilização de recursos para minimizar o impacto financeiro.

Crise financeira e medidas mais drásticas

Vale destacar que o Corinthians enfrenta uma situação financeira alarmante. O clube tem uma dívida total de R$ 2,568 bilhões, um aumento de R$ 407 milhões em relação ao ano passado. 

Desse montante, R$ 1,9 bilhão é referente ao clube e R$ 668 milhões estão relacionados ao financiamento da Neo Química Arena. Por isso, a necessidade de reduzir gastos e revisar contratos se tornou uma prioridade para a gestão.

Impacto nas finanças e política interna

Sendo assim, a aprovação das contas de 2024 foi rejeitada no Conselho Deliberativo, após recomendação do Conselho de Orientação (Cori) e do Conselho Fiscal. Como consequência, Augusto Melo enfrenta uma série de complicações internas, incluindo quatro pedidos de impeachment. 

Um desses pedidos, inclusive, teve sua continuidade aprovada, colocando ainda mais pressão sobre a gestão do clube.

Com isso, a diretoria tenta se reerguer e reduzir despesas de forma eficiente, mas a crise política interna também levanta dúvidas sobre o caminho a seguir.