Caso Rossi: veja como funciona a segurança do Flamengo

Rossi em ação pelo Flamengo (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

O episódio envolvendo o carro do goleiro Rossi, atingido por quatro disparos durante a madrugada de quinta-feira (08), na Linha Amarela, na altura de Bonsucesso, reacendeu o debate interno sobre a segurança dos atletas. O argentino retornava da Argentina, onde o Rubro-Negro havia empatado pela Conmebol Libertadores, quando foi surpreendido por criminosos a pé, numa tentativa de assalto que não resultou em feridos, mas provocou enorme repercussão interna e externa.

Conforme descrito por Rossi em nota divulgada por sua assessoria, ele foi “vítima da falta de segurança que assola o estado do Rio de Janeiro”. O goleiro estava em um carro blindado, acompanhado por um motorista de confiança, quando foi atacado.

Os tiros atingiram a porta do motorista, o retrovisor do carona, o vidro traseiro e o para-lama. Wesley e Gerson, que passaram minutos antes, perceberam a movimentação suspeita e alertaram os companheiros por mensagens. Ainda assim, Rossi acabou cruzando o caminho dos assaltantes e teve seu carro alvejado.

Diante do ocorrido, a diretoria do Flamengo emitiu um comunicado oficial afirmando que irá rediscutir os protocolos de segurança para desembarques realizados durante a madrugada, “a fim de garantir ainda mais proteção aos seus profissionais”.

O clube declarou que está em contato com as autoridades e colaborando com as investigações. A Polícia Civil confirmou que dois veículos foram roubados no mesmo local e já requisitou imagens de câmeras de segurança, embora nenhum representante do Flamengo tenha comparecido à delegacia até o momento.

Atualmente, o setor de segurança do clube designa funcionários para os desembarques, mas esses profissionais não acompanham os jogadores em seus veículos particulares. O transporte após o aeroporto é feito sob responsabilidade de cada atleta, que costuma utilizar motoristas próprios ou seguranças particulares.

Embora o Flamengo mantenha estrutura de segurança institucional para dirigentes como o presidente Luiz Eduardo Baptista, não há efetivo suficiente para atender todos os jogadores. Por isso, é comum que o clube disponibilize o ônibus oficial, escoltado por seguranças e pela Polícia Militar, do aeroporto até o centro de treinamento ou outro ponto estratégico na Barra da Tijuca.

Mesmo assim, muitos atletas preferem não utilizar esse serviço, buscando chegar mais rapidamente a suas residências.

O clube considera que a responsabilidade pela segurança em vias expressas como a Linha Vermelha e a Linha Amarela é do Governo do Estado. Assim, dirigentes afirmam que vão cobrar mais atenção por parte das autoridades, sobretudo em horários críticos como o do desembarque ocorrido por volta das 5h30 (de Brasília).