O retorno de Neymar ao Santos, oficializado em janeiro deste ano, provocou intensa comoção entre os torcedores. Aliás, a recepção calorosa na Vila Belmiro foi marcada por uma celebração histórica, apontada por muitos como o ápice do estádio nesta década. Contudo, o que começou com festa e esperança acabou sendo ofuscado por uma sequência de atuações discretas do camisa 10, o que reacendeu o debate sobre a real viabilidade da permanência do atleta no clube.
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Conforme apontado por diversos analistas, é chegada a hora de o Santos tomar decisões racionais. Afinal, manter Neymar no elenco pode comprometer o planejamento esportivo e financeiro do clube. O contrato do jogador se encerra em junho, e há um consenso crescente de que a renovação significaria insistir em um modelo que não tem surtido efeito em campo.
Embora muitos sustentem que Neymar mereça reconhecimento por ter retornado ao clube, outros recordam episódios antigos que colocam em dúvida essa reciprocidade. “Que gratidão teve Neymar com o Santos quando, no auge, ele saiu do clube em uma das transferências mais nebulosas da história?”, questionam críticos do atual vínculo. Para eles, a renovação poderia colocar o Santos em risco iminente de um novo rebaixamento.
O jornalista Milton Neves, inclusive, classificou a permanência de Neymar como um possível erro estratégico. Segundo ele, a economia gerada com a saída do jogador permitiria ao clube investir em peças mais produtivas. Além disso, o time de Cleber Xavier poderia se reorganizar sem a expectativa de que o ídolo resolverá todos os problemas sozinho.
Nesse contexto, a presença constante de Neymar pode gerar um bloqueio psicológico no elenco, que passa a aguardar por milagres individuais, enquanto deixa de construir soluções coletivas. Tal postura compromete o desempenho esportivo e afeta diretamente a competitividade do time.
Portanto, a não renovação com Neymar desponta como uma medida necessária. Não apenas por razões técnicas, mas principalmente pela oportunidade de reformular o elenco, aliviar a folha salarial e construir, enfim, um novo ciclo no Santos.
