A trajetória de Acelino “Popó” Freitas, um dos maiores nomes do boxe brasileiro, é marcada por superação, conquistas e recomeços. Nascido em Salvador, o tetracampeão mundial viveu por mais de duas décadas em condições precárias, dormindo no chão de uma casa de 10m² com sua família. Ainda assim, foi nessa realidade que construiu sua determinação, iniciando no boxe aos 13 anos, quando não podia sequer pagar pela academia.
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O sucesso não veio sem obstáculos. Popó enfrentou empresários que, segundo ele, se aproveitaram de sua carreira, o que resultou até em uma prisão nos Estados Unidos por conta de contratos assinados sem seu conhecimento. “Me prenderam por um erro que não foi meu”, revelou. A partir daí, passou a gerenciar sua carreira, conquistando autonomia financeira e ampliando sua participação no esporte.
Além do ringue, Popó também encontrou uma nova fase ao participar do Fight Music Show, enfrentando celebridades como Whindersson Nunes. “Foi um divisor de águas. Ele me trouxe para o mundo digital”, declarou. Atualmente, o ex-campeão se tornou figura constante em eventos desse formato, equilibrando entretenimento e esporte, e atraindo uma nova geração de torcedores para o boxe.
Apesar das glórias esportivas, Popó nunca deixou de reconhecer a importância da família em sua caminhada. Foi orientado pela ex-esposa na gestão de sua carreira e sempre expressou gratidão à mãe, que sustentava a casa, e ao irmão Luiz Cláudio, sua inspiração no esporte. “Se alguém é campeão comigo, é ele”, afirmou sobre o irmão.
Entre suas lutas mais importantes, Popó destaca a vitória sobre Joel Casamayor e a frustração por não enfrentar Mayweather, que, segundo ele, teria recusado o combate. “Ele correu”, disse. Ainda assim, reconhece o americano como um gênio do boxe: “Inteligente, fez fortuna sem se expor tanto”.
Atualmente com 49 anos, Popó continua em atividade e se orgulha do legado construído. Seu nome, além de estar ligado ao esporte, representa resiliência, superação e amor pela família, valores que moldaram sua história dentro e fora dos ringues.
