O Grêmio vive um momento de instabilidade, e Mano Menezes, recém-chegado ao comando técnico, enfrenta os mesmos desafios que derrubaram seu antecessor, Gustavo Quinteros. A principal dificuldade está na escassez de tempo para treinamentos táticos, o que compromete o entrosamento e a evolução da equipe. Atualmente, o time tenta sobreviver a uma maratona de sete jogos antes da primeira pausa no calendário.
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Após o empate sem gols diante do Atlético Grau, pela Sul-Americana, Mano voltou a enfatizar a importância do período sem partidas. “Acho que poderemos treinar de verdade nessa parada. Primeiro, teremos uma parada para a Data Fifa. Depois, o jogo com o Corinthians e, então, a parada maior. Penso que é aí que temos que transformar a produção da equipe como um todo”, declarou o treinador.
A estratégia repete, aliás, o mesmo discurso de Quinteros no início da temporada. O argentino havia prometido reformular a maneira como o Grêmio defendia e atacava, mas a pausa pós-Gauchão não trouxe os efeitos esperados. Com desempenho irregular, o treinador acabou demitido após seis jogos, mesmo tendo tido tempo para treinar. As derrotas para Flamengo e Mirassol selaram seu destino.
Enquanto isso, Mano tenta se equilibrar em meio à pressão e a um calendário que não dá trégua. Até a Data Fifa, o time enfrentará Bragantino, Godoy Cruz, São Paulo, CSA, Bahia, Sportivo Luqueño e Juventude. Todas essas partidas acontecerão em um intervalo de menos de um mês, o que evidencia a sobrecarga enfrentada.
Por outro lado, o técnico vê uma vantagem em relação ao antigo comandante: haverá duas janelas de transferências internacionais. A primeira ocorre entre os dias 2 e 10 de junho, e a segunda entre 10 de julho e 2 de setembro. “Acho que as equipes vão estar bem diferentes depois dessas paradas”, avaliou Mano.
Portanto, o Grêmio aposta em reorganizações técnicas e de elenco, aguardando que as pausas sirvam, enfim, como ponto de virada. A incerteza permanece, mas o clube não tem alternativa a não ser manter a esperança na transformação prometida por Mano Menezes.