O Palmeiras venceu o São Paulo no domingo (11), em Barueri, com um gol nos acréscimos marcado por Vitor Roque, mantendo uma rotina que tem incomodado diversos adversários no cenário nacional. O triunfo não apenas derrubou a invencibilidade do rival no Brasileirão, como evidenciou uma abordagem tática que se tornou a marca registrada da equipe comandada por Abel Ferreira.
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A maneira como o Palmeiras conquista vitórias é o que mais tira os rivais do sério, pelo menos na análise de Danilo Lavieri, do UOL Esporte. A insistência, a frieza e a capacidade de manter o foco até os momentos finais são traços distintivos do time. Diante de um São Paulo que preferiu não se arriscar e limitou-se a evitar sofrer gols, a equipe alviverde teve paciência para trabalhar a bola e explorar brechas.
Essa postura, já comum em jogos decisivos, foi reafirmada quando Felipe Anderson arriscou de fora da área, obrigando o goleiro Rafael a uma difícil defesa. Na sequência, Vitor Roque aproveitou o rebote e garantiu a vitória. A confirmação do lance veio com o auxílio do VAR, validando o gol que decidiu a partida.
Tabus Quebrados e Moral Elevada
A vitória sobre o São Paulo, além de colocar fim à invencibilidade tricolor, adiciona mais um capítulo à lista de feitos recentes do Palmeiras. A equipe já havia encerrado sequências positivas de outros clubes fora de casa, como Internacional, Fortaleza e Ceará.
A recorrência desses episódios mostra um padrão que vai além do desempenho técnico: trata-se de uma mentalidade consolidada, que enxerga oportunidades até o último apito.
A estratégia se apoia, sobretudo, na profundidade do elenco. No confronto em Barueri, Abel Ferreira promoveu a entrada de peças como Raphael Veiga, Felipe Anderson, Maurício, Lucas Evangelista e Vitor Roque — todos atletas com capacidade de alterar o rumo da partida.
Isso contrasta com a atuação mais conservadora do São Paulo, que só conseguiu seu primeiro escanteio aos 40 minutos do segundo tempo, mesmo já enfrentando um adversário com um jogador a menos.
Controle e Frieza: Armas do Incômodo
O que mais causa incômodo em quem enfrenta o Palmeiras é a forma como a equipe administra o jogo. Ainda que nem sempre empolgue pelo volume ofensivo, o time domina o ritmo da partida, gira a bola com segurança na intermediária e espera o momento certo para acelerar.
Contra o São Paulo, por exemplo, o goleiro Rafael fez defesas que não chegaram a ser espetaculares, justamente porque o Palmeiras prefere construir pacientemente até encontrar uma finalização certeira.
Marcos Antônio e Ruan Tressoldi conseguiram dificultar as ações ofensivas alviverdes durante boa parte do jogo, mas não impediram o resultado final. Embora Ferreirinha e Oscar tenham oferecido algum risco a Weverton, o goleiro pouco trabalhou, o que também ilustra o controle palmeirense ao longo dos 90 minutos.
Uma Receita Invejável e Constante
A tática utilizada pelo Palmeiras pode não agradar aos olhos de todos, mas é extremamente eficaz. Ela mistura consistência defensiva, elenco qualificado e a frieza necessária para decidir partidas nos momentos cruciais. “É aquela vitória que incomoda, que tira o adversário do sério”, sintetizou o sentimento que se repete rodada após rodada.