Recém-anunciado como o futuro comandante da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti carrega consigo não apenas um extenso currículo vitorioso, mas também uma vida pessoal repleta de peculiaridades e experiências marcantes. Aos 65 anos, o italiano não esconde sua personalidade afável, seu gosto por atividades ao ar livre, nem tampouco a ligação profunda com a família e a cultura — aspectos que ajudam a moldar seu estilo de liderança.
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Nascido em Reggiolo, no norte da Itália, em 10 de junho de 1959, Ancelotti cresceu em um ambiente rural. Filho de produtores de queijo parmesão, ele chegou a trabalhar na juventude como vendedor do próprio produto. Desde cedo, demonstrava senso de responsabilidade e dedicação, valores que carrega até hoje, inclusive na forma como administra grupos esportivos. “Minha capacidade de gestão vem das minhas raízes familiares”, costuma dizer.
No campo pessoal, Ancelotti é pai de dois filhos — Davide e Katia — frutos de seu primeiro casamento com Luisa Gibellini, com quem viveu por 25 anos. Luisa faleceu em 2021, e, na ocasião, o treinador interrompeu seus compromissos no Everton para se despedir da ex-companheira. Davide, aliás, herdou o gosto pelo futebol e atua como auxiliar técnico do pai desde 2021, no Real Madrid, embora ainda não esteja confirmado se acompanhará o técnico na jornada pela CBF.
Desde 2014, Carlo é casado com Mariann Barrena McClay, canadense com quem compartilha momentos de lazer e viagens. A enteada Chloe também integra o círculo familiar. Ancelotti costuma publicar nas redes registros ao lado da esposa, como passeios em Lions Bay, no Canadá, ou trilhas e cavalgadas na região de Cinque Terre, na Itália.
Apreciador de vinho e ex-fumante, Ancelotti substituiu o cigarro pelo chiclete, hábito que mantém até hoje à beira dos gramados. Outro gosto pessoal é pelas corridas de cavalos, tema recorrente em seus perfis digitais.
No entanto, sua relação com a cultura vai além dos esportes: é fã declarado da trilogia O Poderoso Chefão e já fez até uma ponta no cinema. Em 2016, apareceu como figurante no filme Star Trek: Sem Fronteiras, interpretando um cientista.
Sua ligação com a arte também se manifesta por meio da escrita. O treinador é autor de três livros: Minha Árvore de Natal, com foco em táticas; Prefiro a Copa, de teor mais autobiográfico; e Liderança Tranquila, obra que traça paralelos entre o comando técnico e o universo corporativo.
Além disso, ele domina quatro idiomas — italiano, espanhol, francês e inglês — o que facilita a comunicação em diferentes ambientes e reforça sua imagem de líder global.
A chegada de Ancelotti ao Brasil está prevista para 26 de maio, após a última rodada da La Liga, na qual o Real Madrid enfrentará a Real Sociedad. A CBF confirmou que ele estará à frente da equipe nacional até a Copa do Mundo de 2026. O técnico iniciará sua trajetória oficial na próxima data Fifa, comandando o Brasil nos compromissos das Eliminatórias contra Equador e Paraguai. Atualmente, a Seleção ocupa a quarta colocação na tabela, com 21 pontos.