Carlo Ancelotti, recém-anunciado como comandante da Seleção Brasileira, foi diretamente aconselhado por uma coluna do UOL Esporte a ouvir o podcast documental sobre Neymar, produzido por Pedro Lopes, Thiago Arantes e Juca Kfouri. O alerta, assinado por Danilo Lavieri, não apenas recomenda o conteúdo, mas afirma que o material é essencial para compreender os desafios que envolvem o comportamento e sua influência dentro e fora de campo.
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A sugestão é clara: conhecer os bastidores da trajetória do atacante é vital para que Ancelotti evite repetir erros cometidos por treinadores anteriores. O colunista escreve que o técnico do Santos “exerceu influência desproporcional em praticamente todos os ambientes por onde passou”, citando desde decisões de marketing até interferências diretas em pautas jornalísticas.
“Não importa o tamanho do jogador, ninguém deveria ter tanto poder em um ambiente como o da seleção brasileira”, afirma Lavieri.
Influência de Neymar moldou bastidores da CBF
A contratação de Ancelotti foi atravessada por inúmeros fatores, mas o papel de Neymar foi determinante. Conforme publicou o colunista Cosme Rímoli, do R7, a possibilidade de Jorge Jesus assumir o comando técnico foi enfraquecida após o episódio em que dispensou Neymar do Al-Hilal no fim de 2024.
A CBF, liderada por Ednaldo Rodrigues, avaliou que uma convivência forçada entre os dois seria inviável e optou por evitar desgastes.
“Ednaldo sonha com Neymar como capitão e referência técnica da equipe no Mundial de 2026”, descreve Rímoli. A presença do atacante, portanto, tornou-se uma peça central no planejamento da entidade. Nesse cenário, Jesus perdeu força e o retorno à negociação com Ancelotti ganhou prioridade.
Relação entre técnico e jogador ainda é superficial
Apesar de já ter comandado 43 atletas brasileiros ao longo da carreira, Ancelotti nunca trabalhou diretamente com Neymar. Segundo os bastidores revelados, a relação entre ambos é cordial, porém distante. Isso aumenta a importância de que o treinador entenda com profundidade a personalidade do jogador e os contextos que o cercam.
A série de podcasts recomendada pelo UOL ainda está em andamento, com seis episódios programados. Até o momento, o foco recaiu majoritariamente sobre a influência comercial de Neymar, mas o colunista garante que os impactos dentro de campo também serão abordados. “O podcast mostra que Neymar não estava preparado para as responsabilidades que seu protagonismo exigia”, resume.
Ancelotti e o desafio de equilibrar autoridade e talento
Mesmo sem experiências anteriores ao lado do camisa 10, Carlo Ancelotti já demonstrou ter firmeza suficiente para administrar nomes de peso. Ao longo da carreira, enfrentou atletas de perfil forte e construiu reputação como gestor de vestiário. A própria CBF acredita que o italiano tem “personalidade e currículo para enfrentar qualquer jogador, quando necessário”, conforme destacou Rímoli.
Aliás, a chegada de Ancelotti ao comando técnico marca o rompimento definitivo com as tentativas anteriores de manutenção de treinadores nacionais. A escolha de um nome estrangeiro com amplo reconhecimento internacional simboliza uma guinada pragmática na gestão da Seleção, movida por repetidos fracassos e pelo desgaste interno com alternativas anteriores, como Fernando Diniz e Dorival Júnior.
