A análise mais recente de Paulo Vinicius Coelho, colunista do UOL, expõe os riscos que Flamengo e Botafogo enfrentam na atual edição da Libertadores. Embora ambos os clubes ainda mantenham chances de avançar para as oitavas de final, as circunstâncias são delicadas e exigem desempenho irrepreensível nas últimas rodadas.
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PVC argumenta que, apesar de matematicamente possível, a classificação de ambos está longe de ser garantida — especialmente se considerados os adversários e os desempenhos recentes.
Flamengo: histórico de sufoco e pressão por resultado
O Flamengo, que ocupa o terceiro lugar no Grupo C com cinco pontos, precisa superar a LDU e o Deportivo Táchira no Maracanã para garantir a classificação sem depender de resultados paralelos. A situação não é inédita para o clube: em três das últimas seis edições do torneio, a equipe deixou a definição para a rodada final. Em 2019, 2023 e 2024, a vaga só foi confirmada no último jogo.
Atualmente, a equipe carioca está atrás de LDU e Central Córdoba, que somam oito pontos. A pressão é intensificada pelo histórico recente: desde 2017, quando foi eliminado ainda na fase de grupos, o clube tem alternado boas campanhas com classificações dramáticas.
A necessidade de vitória e saldo de gols expressivo nas rodadas restantes impõe uma carga extra sobre o elenco, que internamente já convive com cobranças e autocríticas. O técnico Filipe Luís e os atletas demonstraram desconforto com o desempenho apresentado até aqui.
PVC observa que, embora improvável, a eliminação não está descartada. A depender do resultado diante da LDU, a equipe poderá precisar de uma combinação complexa de placares para manter-se viva na competição. “Precisa ganhar da LDU e fazer saldo de gols contra o Táchira”, resumiu o colunista.
Botafogo: necessidade de vitória e fantasma de 2024
No caso do Botafogo, a situação é ainda mais crítica. Com seis pontos e enfrentando o Estudiantes nesta quarta-feira (14), às 21h30, o clube entra em campo pressionado por um triunfo. Caso perca e a Universidad de Chile vença o Carabobo, o Alvinegro será eliminado ainda na fase de grupos. Para seguir na disputa, precisa vencer os argentinos e decidir a vaga diante do time chileno na última rodada.
Segundo PVC, “o caso do Botafogo parece mais difícil, pela força dos adversários”. Ele relembra que, em 2024, o clube também chegou pressionado à quinta rodada e viu sua campanha ser comprometida por tropeços cruciais.
O técnico Renato Paiva deve repetir a escalação que venceu o Internacional por 4 a 0 no Campeonato Brasileiro, apesar dos desfalques de Barboza, Savarino e Matheus Martins. A equipe deve contar novamente com improvisações, como a de Cuiabano na ponta esquerda.
Comparativo e contexto histórico
O colunista ainda recorda que, em 2024, todos os clubes brasileiros avançaram para as oitavas, o que foi um feito inédito. Contudo, essa repetição parece distante em 2025. A última vez que um campeão vigente foi eliminado na fase de grupos foi em 2017, com o Atlético Nacional — à época, na chave do próprio Botafogo.
Enquanto o Flamengo ainda pode liderar seu grupo caso vença as duas partidas e conte com tropeços do Central Córdoba, o Botafogo precisa de duas vitórias simples, sem margem para erro. A diferença entre os dois reside mais no contexto de seus grupos do que na qualidade técnica dos elencos.
Conclusão
Ambos os clubes cariocas caminham sobre uma linha tênue na Libertadores de 2025. O Flamengo, apesar de experiente em decisões tardias, flerta novamente com o risco. O Botafogo, por sua vez, encara um cenário de urgência. Conforme alerta PVC, “dá para ganhar, mas não é fácil”. As próximas partidas definirão se os dois conseguirão contornar a instabilidade ou se a campanha terminará de forma precoce e decepcionante.
