A declaração de Casagrande direcionada ao time do Botafogo

Casagrande, comentarista do UOL Esporte (Foto: Reprodução)

O ex-jogador e comentarista Casagrande não poupou críticas ao Botafogo durante sua análise sobre a participação do clube na atual edição da Libertadores. Para ele, o time carioca não conseguiu impor o respeito esperado de um campeão continental. Segundo o comentarista, a perda de jogadores importantes no elenco enfraqueceu significativamente o grupo, o que teria facilitado a vida dos adversários no Grupo A. “O Botafogo não conseguiu se impor como o atual campeão da Libertadores. Não está conseguindo mostrar isso em campo e não está assustando”, afirmou Casagrande durante participação no UOL News Esporte.

Ainda de acordo com o ex-jogador, o cenário ficou claro para os rivais logo nas primeiras rodadas da fase de grupos. A expectativa inicial de dificuldade para enfrentar o campeão da Libertadores e do Campeonato Brasileiro deu lugar a um otimismo inesperado. “Depois que passaram duas rodadas, os caras perderam o medo: ‘Dá para jogar com esses caras, vamos pra cima’. Isso complicou o Botafogo. Tá faltando personalidade coletiva para o Botafogo.”, analisou Casagrande, destacando a ausência de uma postura dominante em campo.

Escudo do Botafogo (Foto: Reprodução/Botafogo)

Além das questões dentro das quatro linhas, Casagrande também criticou a gestão de John Textor, dono do Botafogo. Para o comentarista, o mandatário está distante em um momento crucial para o clube. Casagrande destacou que a ausência de Textor gera insegurança entre os torcedores, que chegam a questionar o paradeiro do dirigente. “Tá largado! A torcida coloca na parede ‘onde está o Tio Sam?’ é porque o cara não aparece. Além de enfraquecido e perder lideranças técnicas, você olha para o lado e fala assim: ‘Nós estamos sozinhos’”, disparou o ex-jogador.

Outro ponto abordado por Casagrande foi a falta de reposição no elenco após as saídas de nomes importantes. Luiz Henrique, Almada, Júnior Santos e Tiquinho Soares foram mencionados como perdas significativas para o time. Segundo o comentarista, a responsabilidade pelas baixas recai sobre John Textor, que não teria investido em jogadores do mesmo nível para suprir as ausências. “O time do Botafogo é muito mais enfraquecido do que era no ano passado. Perdeu quatro jogadores, sendo que o Almada e o Luiz Henrique são grandes jogadores e fizeram a diferença”, destacou.

Casagrande também apontou que, além da falta de reforços, a demora para definir o treinador da temporada afetou o planejamento do clube. Em sua análise, o Botafogo ficou em segundo plano nos planos de Textor, que estaria focado no Lyon. “Na minha visão, o enfraquecimento do Botafogo e a demora para contratar um treinador é totalmente responsabilidade do Textor. Ele empurrou com a barriga porque a prioridade é o Lyon. Ele deixou o Botafogo de lado.”, criticou o comentarista.

A avaliação de Casagrande reforça a sensação de que o Botafogo, apesar de ostentar o título de campeão da Libertadores, tem encontrado dificuldades para se consolidar na competição. As críticas do ex-jogador revelam um cenário de incertezas tanto dentro quanto fora de campo, com a gestão de Textor sob forte desconfiança dos torcedores e da imprensa.