Durante a edição mais recente do programa “Os Donos da Bola”, o ex-jogador Craque Neto fez uma análise contundente sobre a situação financeira do Corinthians. Embora afirme não ser um entusiasta do modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF), o comentarista declarou que, diante do cenário atual, essa seria a única saída para o clube paulista retomar o controle de suas finanças.
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Segundo Neto, o Corinthians atravessa uma crise profunda, marcada por dívidas que ultrapassam a marca dos R$ 2,6 bilhões. Ele enfatizou que só a negociação com um grupo empresarial seria capaz de reestruturar as contas e tirar o clube do “buraco” em que se encontra. “O Palmeiras é um exemplo de clube bem administrado sem precisar virar SAF, mas, no caso do Corinthians, essa é a única solução”, declarou.
Aliás, o ex-jogador questionou como uma instituição do porte do Corinthians consegue operar com tamanha carga financeira, citando uma dívida de quase R$ 300 milhões com apenas seis pessoas. Para ele, esse tipo de passivo compromete diretamente o desempenho esportivo, e deve refletir em uma campanha decepcionante no Campeonato Brasileiro de 2025.
Enquanto isso, o presidente Augusto Melo enfrenta crescente pressão nos bastidores. Conforme divulgado no balanço financeiro recente, o passivo do clube aumentou em R$ 181,7 milhões em seu primeiro ano de gestão. A divulgação desses números intensificou rumores sobre um possível processo de impeachment, agravando o clima político no Parque São Jorge.
Em sua defesa, Melo alega que o déficit não é fruto de má gestão atual, mas consequência de dívidas herdadas de administrações passadas. Conforme suas palavras, as cifras não quitadas ao longo dos últimos anos impactaram diretamente o orçamento vigente, tornando impossível evitar o rombo financeiro que foi registrado.
O ex-goleiro Velloso também participou do debate no programa e reforçou a opinião de Neto. Para ele, no modelo associativo, o Corinthians dificilmente conseguirá reverter o quadro atual. “A dívida só cresce e já se tornou impagável. Eventualmente, isso leva à necessidade de alguém assumir e investir. Do jeito que está, não tem mais solução”, comentou.
