O Atlético-MG enfrenta, atualmente, sua primeira grande crise financeira desde a transformação em Sociedade Anônima do Futebol (SAF). A situação atinge diretamente não apenas clubes, mas também empresários do futebol. O clube mineiro acumula dívidas relacionadas a comissões não pagas por contratações realizadas na temporada anterior, além de pendências salariais e direitos de imagem com o próprio elenco no início de 2025.
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As comissões em atraso afetam empresários responsáveis por intermediar reforços do ano passado. Conforme apurado, há valores que não são pagos há até três meses, enquanto outros foram interrompidos com a última parcela pendente. Embora tenha quitado os salários e direitos de imagem de março no dia 10 de abril, o Atlético não se pronuncia oficialmente sobre o caso, tratando-o de forma interna.
Em paralelo, há atrasos nas parcelas de pagamento por cinco reforços contratados recentemente: Natanael, Fausto Vera, Deyverson, Cuello e Júnior Santos. A dívida com o Coritiba, por exemplo, refere-se à contratação do lateral Natanael, que chegou ao Galo em 2025. O CEO do clube paranaense, Lucas de Paula, criticou a postura do Atlético, ainda que sem mencionar o nome do clube diretamente.
“Tem um caminho que o nosso clube não quer e não vai seguir: de ser uma SAF irresponsável, que não honra com seus compromissos”, declarou Lucas de Paula em entrevista à Rádio Transamérica, ao comentar sobre negociações e práticas entre clubes.
Além do Coritiba, Corinthians e Cuiabá também acionaram a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) para cobrar pendências pelas negociações envolvendo Fausto Vera e Deyverson, respectivamente. Athletico-PR e Botafogo também estão na lista de credores do Atlético, devido às compras dos atacantes Cuello e Júnior Santos.
Dessa forma, a situação financeira do Galo levanta questionamentos sobre sua capacidade de manter o planejamento esportivo e administrativo. Enquanto segue buscando resultados em campo, o clube precisa lidar com cobranças crescentes fora dele.
