A chegada de Carlo Ancelotti à seleção brasileira, prevista para segunda-feira (26 de maio), reacendeu o entusiasmo de Caio Henrique em retomar seu espaço com a camisa verde e amarela. O lateral-esquerdo de 27 anos, atualmente no Monaco, foi citado como um dos nomes monitorados pelo treinador italiano, que já solicitou relatórios detalhados sobre o seu desempenho.
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Revelado pelas categorias de base do Santos, o defensor passou por um duro processo de recuperação física após sofrer grave lesão no joelho durante a temporada 2023. A situação se agravou com outro problema na pré-temporada de 2024.
Contudo, ele conseguiu se restabelecer e reassumir a titularidade no time comandado por Adolf Hütter. Com perfil ofensivo, contribuiu diretamente para a campanha do clube na Ligue 1, que garantiu vaga na próxima edição da Champions League.
Foram 37 partidas, seis assistências e dez grandes chances criadas — números que o colocam entre os destaques do elenco.
“Algumas pessoas do clube comentaram comigo, com o Vanderson, que estão monitorando a gente. Isso me deixa bastante feliz. É um objetivo meu voltar para a seleção brasileira”, revelou Caio, em entrevista.
Embora esteja fora da Seleção desde setembro de 2023, quando foi convocado por Fernando Diniz e atuou contra a Bolívia, o jogador mantém vivo o desejo de defender o Brasil na Copa do Mundo de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, México e Canadá. Ele chegou a ser novamente chamado para a Data Fifa seguinte, mas acabou cortado por lesão.
O lateral acredita que o curto tempo de Ancelotti até o próximo compromisso oficial — contra o Equador, no dia 5 de junho — pode influenciar na escolha por atletas que atuam no futebol europeu. Assim sendo, nomes que jogam fora do Brasil teriam, eventualmente, vantagem nas primeiras convocações do novo comandante.
“Por ele ter pouco tempo para fazer essa convocação, pode ser que priorize os jogadores da Europa. Fica a expectativa. As pessoas estão citando o meu nome, de pré-convocação e tudo… mas tudo pode acontecer. Se tiver que ser, será”, afirmou o jogador.
Caio Henrique também comentou sobre a forte concorrência pela lateral-esquerda. A posição tem sido disputada por atletas como Carlos Augusto (Internazionale), Alex Sandro (Flamengo), Alex Telles (Botafogo) e Guilherme Arana (Atlético-MG). Todos possuem passagens recentes pela Seleção.
“Concorrência sempre vai existir, ainda mais na Seleção. Todos esses jogadores são de ótima qualidade. Nesse momento, o que tenho na minha cabeça é fazer meu trabalho aqui, dar assistência, fazer meu time jogar bem”, destacou.
Além do olhar para o futuro, o atleta fez questão de lembrar do passado. Com carinho, Caio relembrou a oportunidade que teve no Fluminense, em 2019, quando foi emprestado pelo Atlético de Madrid. Segundo ele, a experiência foi determinante para sua consolidação como lateral-esquerdo, função à qual foi adaptado por Fernando Diniz, treinador que hoje recebe sua gratidão.
“Foi o cara que me resgatou em um momento complicado da minha carreira. Ele virou a chave da minha carreira. Sempre me ajudou, procurou me corrigir em todos os sentidos”, disse, acrescentando o desejo de voltar ao Tricolor das Laranjeiras.
“Com certeza, se hoje eu pudesse voltar ao Brasil, a preferência seria do Fluminense. Tenho um carinho muito grande”, completou.
Classificado para a Champions League e com temporada regular no Monaco, Caio Henrique permanece atento à lista final que será divulgada por Ancelotti no fim deste mês. Seu objetivo, reafirmado por ele, é claro: retornar à Seleção e, se possível, disputar sua primeira Copa do Mundo.