O Lyon atravessa um momento delicado em suas finanças e enfrenta o risco de rebaixamento na Ligue 1. A situação financeira do clube francês, comandado pelo Eagle Football Group, registrou um prejuízo de 117 milhões de euros (cerca de R$ 723 milhões) no primeiro semestre da temporada 2024/25. Esse rombo levou a UEFA a impor uma sanção financeira devido a contas não pagas a outros clubes e autoridades fiscais. A crise financeira, aliás, forçou o Lyon a repensar seu planejamento, incluindo a possível venda de jogadores para equilibrar o caixa.
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Entre os principais nomes que podem deixar o clube estão Thiago Almada, Lacazette, Cherki e Tagliafico. Segundo informações do jornal francês L’Équipe, as transferências de Almada e Cherki são vistas como essenciais para o Lyon, não apenas pela qualidade técnica dos atletas, mas também pela idade e potencial de valorização no mercado. A decisão, entretanto, está atrelada à necessidade do clube em cumprir metas financeiras e evitar sanções ainda mais rigorosas.
A crise financeira também reflete na campanha do Lyon no Campeonato Francês. O time ocupa atualmente a sétima colocação, com 54 pontos, e precisa de uma combinação de resultados na última rodada para conquistar uma vaga em competições internacionais, como a Europa League ou a Conference League. No entanto, o cenário é preocupante: a Liga de Futebol Profissional da França (LFP) já alertou para um possível rebaixamento do clube, caso a situação financeira não seja resolvida. A Direção Nacional de Controle e Gestão (DNCG) do país conduz as investigações sobre o déficit nas contas do Lyon, que anteriormente já havia sido penalizado com um transfer ban.
A eliminação para o Manchester United nas quartas de final da Europa League, sofrendo três gols na prorrogação, foi um duro golpe nas finanças do clube. A classificação poderia ter gerado uma receita significativa, que seria utilizada para aliviar parte das dívidas. A derrota, contudo, deixou o Lyon sem o bônus financeiro, complicando ainda mais a tentativa de recuperação econômica.
Apesar do cenário preocupante, uma boa notícia veio da renovação da parceria com a Emirates, principal patrocinadora do clube. O novo acordo prevê um aporte de R$ 600 milhões em cinco anos, oferecendo um alívio temporário para os cofres do Lyon. O valor, embora expressivo, ainda não é suficiente para sanar todas as dívidas acumuladas, mas representa um fôlego importante para o planejamento da próxima temporada.
O futuro do Lyon permanece incerto. A permanência de jogadores-chave, como Thiago Almada, depende diretamente da capacidade do clube em resolver seus problemas financeiros. Enquanto isso, os torcedores aguardam com apreensão os desdobramentos nas próximas semanas, com a esperança de que o time consiga se reestruturar e evitar o rebaixamento para a Ligue 2.
