No clássico contra o Flamengo no último domingo, o Botafogo mostrou que pode confiar nos seus jovens talentos defensivos. Mesmo com uma zaga formada por Jair e David Ricardo, considerados opções reservas, o Alvinegro saiu do Maracanã com um empate em 0 a 0, enfrentando um dos ataques mais temidos do país. O resultado foi motivo de comemoração para o técnico Renato Paiva.
Notícias mais lidas:
“É um ataque fortíssimo, em casa ainda mais, e acho que não termos sofrido gols e não termos concedido uma boa oportunidade flagrante ao Flamengo, pelo menos que eu me lembre, com dois jovens que acabaram de chegar ao clube na zaga, um deles muito menino ainda, é uma vitória importante da nossa consistência defensiva”, afirmou o treinador.
Defesa começa no ataque
Vale destacar que, para Paiva, a solidez defensiva não se resume apenas ao setor da zaga. “Eu não vejo a questão defensiva só porque não sofreste gols, porque às vezes levas um massacre de 20 remates e não sofres gols por alguma coisa e não defendeste bem. Acho que nos defendemos bem porque o Flamengo também não nos amassou”, explicou.
Além disso, ele fez questão de lembrar o trabalho coletivo: “Acho que é uma vitória da defesa que começa no Rwan e no Igor, convém não esquecer isso. Começa ali e no Allan e quem fecha depois o fora-dentro do jogo interior quando a bola vai fora do Flamengo.”
Sendo assim, o comandante celebra não só o placar zerado, mas o equilíbrio em campo. Com isso, a equipe demonstra amadurecimento mesmo com peças jovens na defesa.
Sem gols marcados, mas com sinal de evolução
Apesar da atuação sólida atrás, o empate sem gols também deixou um gosto amargo. “É uma derrota porque saímos daqui também sem gols marcados, e queríamos ganhar”, finalizou Paiva. Dessa maneira, o técnico reconhece que há o que melhorar, especialmente no setor ofensivo.
Por isso, o clássico representa não apenas um ponto conquistado, mas também um indicativo de que a nova fase do Botafogo tem bases promissoras, com foco, disciplina e muita organização tática.