A eleição para a presidência da CBF ganhou contornos polêmicos e preocupantes nos bastidores do futebol brasileiro. Clubes das Séries A e B denunciaram que estão sendo ameaçados por federações e patrocinadores para que apoiem, ou ao menos não se oponham, à candidatura de Samir Xaud nome único na disputa. Isso porque o dirigente conta com o apoio de 25 das 27 federações estaduais e caminha para ser confirmado como o novo presidente da entidade.
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Além disso, relatos apontam que clubes que demonstraram intenção de apoiar outro nome, como o de Reinaldo Carneiro Bastos, têm receio de represálias, principalmente com relação à perda de apoio político e de contratos comerciais. Por isso, muitos times preferem a abstenção ou o silêncio no processo eleitoral.
Documento coletivo formalizará o boicote
Sendo assim, um novo documento está em elaboração para oficializar o boicote dos clubes ao pleito da CBF. O movimento reúne times que integram a Libra e a Liga Forte União (LFU), que já haviam apresentado um manifesto anterior exigindo reformas na entidade, principalmente no modelo de votação, considerado desigual pelos dirigentes.
Clubes das Séries A e B relatam ameaças de federações e patrocinadores para que não se oponham ou se abstenham na eleição da CBF que deve confirmar Samir Xaud como novo presidente.
— Planeta do Futebol 🌎 (@futebol_info) May 22, 2025
O candidato tem apoio de 25 das 27 federações e 10 clubes. Outros 30 indicaram oposição. Por medo… pic.twitter.com/MhIpFVukMy
Vale destacar que esse grupo contou com o apoio de cerca de 30 clubes, contra 10 que apoiaram formalmente Samir Xaud. Dessa maneira, o desequilíbrio na força de voto entre federações e clubes continua sendo alvo de críticas, isso porque os votos das entidades estaduais possuem um peso desproporcional em relação ao número de clubes, comprometendo a representatividade real no processo.
Impasse revela fragilidade na governança do futebol brasileiro
Cabe ressaltar que a crise evidencia mais uma vez a falta de transparência e a centralização de poder na estrutura da CBF. Com isso, o processo eleitoral, que deveria ser democrático e representar os interesses do futebol como um todo, acaba sendo marcado por suspeitas, ameaças e desconfiança.
Desse jeito, cresce a pressão por mudanças profundas nas regras e na governança da entidade que comanda o esporte mais popular do país. Portanto, os próximos capítulos dessa disputa política devem seguir no centro das atenções do futebol nacional.