A rotina de treinos no Centro de Treinamento Moacyr Barbosa, do Vasco da Gama, localizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro, foi impactada por uma intensa operação policial nas imediações. A ação aconteceu na Cidade de Deus, comunidade próxima ao CT, durante a tarde de quarta-feira (21), gerando momentos de tensão em meio ao ambiente esportivo.
Notícias mais lidas:
A mobilização da Polícia Civil foi motivada por uma investigação sobre uma fábrica de gelo clandestina, suspeita de comercializar produtos contaminados em estabelecimentos da Barra da Tijuca e do Recreio dos Bandeirantes. A ação envolveu agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), além de policiais das delegacias do Consumidor e do Meio Ambiente, acompanhados de técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
Durante a operação, houve troca de tiros em diferentes pontos da comunidade. O confronto resultou na morte do policial José Antônio Lourenço, membro da força de elite da Core, o que intensificou o clima de insegurança. A ocorrência também causou transtornos na mobilidade urbana, com a interdição da Linha Amarela por cerca de 30 minutos e a alteração do trajeto de 19 linhas de ônibus.
Surpreendentemente, essa não foi uma situação isolada. De acordo com a Rio Ônibus, este foi o quinto episódio de violência que afetou o sistema de transporte da cidade apenas no mês de maio. O número revela a frequência com que confrontos armados interferem no cotidiano da capital fluminense, principalmente em regiões de conflito recorrente.
Embora o Vasco esteja investindo na melhoria da infraestrutura do CT desde sua inauguração em 2020, o clube segue convivendo com os efeitos colaterais da violência urbana. Afinal, a proximidade com a Cidade de Deus torna inevitável a interferência de operações policiais no entorno.
Conforme relatos de profissionais que atuam no local, a presença de helicópteros e o som de tiros são episódios comuns, reflexos diretos do contexto em que o centro de treinamento está inserido.
