A Polícia Civil de São Paulo concluiu um inquérito que resultou no indiciamento do presidente do Corinthians, Augusto Melo, além de dois ex-dirigentes do clube — Marcelo Mariano e Sérgio Moura — e do empresário Alex Cassundé. Este último é apontado como o responsável pela intermediação do contrato de patrocínio entre o clube e a empresa VaideBet, atualmente sob investigação por suspeita de lavagem de dinheiro.
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Os quatro foram acusados formalmente por três crimes: furto qualificado mediante abuso de confiança, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Conforme o delegado Thiago Fernando Correia, o inquérito foi encaminhado ao Ministério Público de São Paulo, que agora avalia a possibilidade de apresentar denúncia formal ao Judiciário.
Caso a denúncia seja acolhida por um juiz, os envolvidos se tornarão réus em processo penal. Conforme relatado, o promotor Juliano Atoji já conduziu uma série de depoimentos — mais de vinte — desde o início da apuração, iniciada no ano passado. Eventualmente, o caso poderá se arrastar até instâncias superiores, como o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou o Supremo Tribunal Federal (STF), caso haja recursos.
Embora tenha sido formalmente indiciado, Augusto Melo garantiu que permanecerá no cargo para o qual foi eleito no fim de 2023. “Não renunciarei”, declarou o dirigente em pronunciamento recente, deixando clara sua intenção de seguir à frente da presidência do clube.
Paralelamente ao inquérito policial, o Conselho Deliberativo do Corinthians marcou uma reunião para segunda-feira (26 de maio), às 18h (horário de Brasília), no Parque São Jorge, a fim de votar um possível impeachment do presidente, motivado por irregularidades contratuais envolvendo a VaideBet.
Por ora, os acusados aguardam a manifestação oficial do Ministério Público, etapa que definirá os próximos passos judiciais e administrativos no caso que tem abalado os bastidores do clube alvinegro.
