Saiba como fica o Corinthians se Augusto Melo for afastado

Augusto Melo - Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians
Augusto Melo - Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

A presidência de Augusto Melo no Corinthians está sob intensa pressão e poderá ser interrompida na próxima segunda-feira (26), quando o Conselho Deliberativo do clube votará o processo de impeachment instaurado contra o dirigente. O pedido foi protocolado ainda em 2024, por um grupo de conselheiros, e ganhou força após o recente indiciamento de Melo e outros ex-dirigentes no caso VaideBet.

De acordo com as investigações, os envolvidos foram enquadrados por furto qualificado mediante abuso de confiança, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A deliberação ocorrerá em um contexto de mobilização, com cerca de 250 conselheiros esperados para a votação. Para efeito de comparação, na fase de admissibilidade, 240 votaram, com resultado apertado: 126 favoráveis e 114 contrários ao prosseguimento do processo.

Caso a maioria simples dos presentes decida pelo afastamento, Augusto Melo será imediatamente retirado do cargo. Ainda assim, a medida precisa ser ratificada pelos associados do clube em nova votação, cuja data será definida pelo presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Jr., no prazo de até cinco dias após o impeachment.

Enquanto isso, quem assume interinamente a presidência é o primeiro vice, Osmar Stábile. Ele permanecerá no cargo até que os associados votem pela confirmação ou não da destituição. Se for confirmada, haverá nova eleição interna para escolha do sucessor, restrita aos membros do Conselho Deliberativo.

Importante destacar que, caso um novo presidente assuma a partir de junho, ele poderá concorrer a um mandato completo no próximo triênio (2027-2029). Isso está previsto no estatuto do clube, que permite a reeleição nesses moldes, desde que a sucessão ocorra com menos de 18 meses restantes no mandato vigente.

Contudo, se a maioria dos conselheiros votar contra o impeachment, o processo será arquivado e Augusto Melo seguirá à frente da presidência do Corinthians normalmente até o fim de seu mandato, previsto para dezembro de 2026.