A vitória do Flamengo por 2 a 0 sobre o Palmeiras, no domingo (25), pela 10ª rodada do Brasileirão, representou mais do que três pontos na classificação. O confronto, realizado no Allianz Parque, teve peso estratégico, pois um possível triunfo do time paulista poderia ampliar a vantagem para sete pontos.
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No entanto, mesmo desfalcado, o Rubro-Negro reagiu, reduziu a diferença para apenas um ponto e consolidou sua presença na disputa pelo título.
O histórico recente também pesava a favor da equipe carioca. Afinal, o clube da Gávea não é derrotado pelo adversário paulista no estádio palmeirense desde 2017. E, com gols de Arrascaeta e Ayrton Lucas, a invencibilidade foi mantida.
A atuação sólida e a condução do jogo chamaram atenção, sobretudo pela leitura tática de Filipe Luís diante das ausências relevantes, como De la Cruz, Pulgar, Allan, Plata e Wesley.
Um primeiro tempo travado e decidido nos detalhes
Apesar da expectativa por um confronto técnico entre dois dos elencos mais valiosos do país, o jogo refletiu o desgaste típico do calendário nacional. O primeiro tempo foi marcado por pouca criatividade e muitos erros.
O Flamengo teve dificuldades na saída de bola e foi pressionado pela marcação palmeirense. Ainda assim, conseguiu manter o placar em 0 a 0 graças a uma defesa importante de Rossi, que evitou o gol em cobrança de pênalti de Piquerez.
Com Everton Araújo, Léo Ortiz e Alex Sandro bem posicionados, a equipe visitante resistiu. Cebolinha teve atuação abaixo e acabou substituído no intervalo. Arrascaeta, então apagado, também teve dificuldades de articulação na etapa inicial.
A virada de chave com decisões táticas ousadas
No segundo tempo, Filipe Luís promoveu mudanças fundamentais. A entrada de Michael deu mais movimentação ao ataque, mas foi a improvisação de Varela como volante, após a lesão de Gerson, que surpreendeu. A escolha se mostrou eficaz: o uruguaio organizou a posse e permitiu que o time ganhasse terreno.
Segundo Rodrigo Mattos, o técnico rubro-negro evitou ser previsível e conseguiu manter o controle mesmo com o meio-campo remendado.
Aos 21 minutos, Luiz Araújo protagonizou boa jogada individual e encontrou Arrascaeta na entrada da área. O camisa 10 foi derrubado por Murilo e, após checagem do VAR, converteu o pênalti que abriu o placar. O meia uruguaio, aliás, atingiu sua oitava marca na competição e se isolou na artilharia do campeonato.
Consistência defensiva e golpe final
O Palmeiras tentou responder e pressionou em alguns momentos, mas esbarrou na organização defensiva do Flamengo. A equipe de Abel Ferreira só se mostrou ofensivamente perigosa após estar em desvantagem, e mesmo assim teve dificuldades para criar com consistência.
Rodrigo Mattos criticou a previsibilidade ofensiva do time alviverde, apontando que a equipe depende de espaços para ser eficaz e sofre quando precisa propor o jogo.
Já no fim da partida, uma jogada coletiva envolvendo Pedro, Wallace Yan e Ayrton Lucas resultou no segundo gol. A troca de passes terminou com o lateral finalizando com precisão na saída de Weverton. Ainda houve tempo para mais uma defesa importante de Rossi, consolidando o placar e a atuação segura da equipe carioca.
Recado claro e confiança renovada
A vitória, além de encurtar a distância para o líder, teve valor simbólico. Demonstrou que o Flamengo, mesmo com baixas importantes, é capaz de se adaptar e competir em alto nível. Conforme destacou Filipe Luís após a partida, “tem muito campeonato pela frente”, mas o triunfo no Allianz reforça a confiança do elenco e da comissão técnica para a sequência da temporada.
