O Grêmio apresentou um desempenho financeiro mais favorável do que o previsto no primeiro trimestre de 2025. O clube encerrou o período com um déficit de R$ 8 milhões, resultado que representa uma redução de R$ 33 milhões em relação ao cenário inicialmente projetado pela direção.
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De acordo com o vice-presidente Fábio Floriani, a arrecadação entre janeiro e março chegou a R$ 138 milhões. Esse valor ficou R$ 51 milhões acima do estimado, impulsionado principalmente pela venda de atletas. Jogadores como Nathan Fernandes, Kaick, Marchesín, Zé Guilherme e Pepê foram negociados, gerando R$ 81 milhões em receitas — bem acima da meta de R$ 31 milhões estipulada para o setor.
Ainda que o clube siga registrando déficits, a avaliação interna é de que os números apontam para uma trajetória sustentável. O orçamento para 2025 é de R$ 548 milhões, e a estimativa atual é que o exercício se encerre praticamente equilibrado, com superávit de R$ 75 mil. “É bem provável que vamos fechar o ano com resultado positivo”, afirmou Floriani.
Contudo, a estabilidade financeira ainda exige atenção. Conforme o dirigente, os investimentos em contratações e a elevação de salários, agravada pela ascensão das SAFs no futebol brasileiro, têm pressionado o fluxo de caixa do clube. “A gente está tendo que fazer despesas acima do previsto para sermos competitivos”, completou.
Entre as medidas adotadas para aumentar as receitas está a substituição do patrocínio máster. O Banrisul foi substituído pela casa de apostas Alfa, que firmou um contrato de R$ 50 milhões anuais por três temporadas. Segundo Floriani, o novo acordo traz cláusulas de bonificação ligadas ao desempenho esportivo e engajamento da torcida.
Apesar das dificuldades, a diretoria projeta novas receitas com vendas de atletas ao longo do ano. As janelas internacionais que se abrem entre 2 e 10 de junho e de 10 de julho a 2 de setembro devem ser determinantes para que o Grêmio mantenha o planejamento em dia.
