O Corinthians oficializou recentemente uma mudança importante em seu departamento médico. Após a saída de Ana Carolina Côrte, criticada internamente por decisões contestadas, o clube anunciou André Jorge como o novo chefe da área. A nomeação ocorre em meio a um ambiente de cobrança por parte da comissão técnica e dos atletas, principalmente após episódios envolvendo o tratamento de lesões.
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A demissão de Ana Carolina aconteceu 11 dias antes da chegada de André Jorge. A principal polêmica que precipitou sua saída foi a liberação do lateral-direito Matheuzinho para a viagem ao Uruguai, mesmo lesionado, para enfrentar o Racing pela Copa Sul-Americana. O jogador não tinha condições físicas de atuar, e a decisão gerou desconforto dentro do clube. O técnico Dorival Júnior, inclusive, chegou a criticar publicamente a escolha.

Além desse caso, outros atletas também foram mencionados em críticas ao antigo comando médico. Nomes como Hugo Souza, Gustavo Henrique, Yuri Alberto e Rodrigo Garro estiveram no centro de questionamentos sobre diagnósticos e a condução de tratamentos. O ex-auxiliar Emiliano Díaz chegou a se manifestar de forma pública sobre a situação, o que evidenciou ainda mais a pressão interna sobre o setor.
Após ser oficializado no novo cargo, André Jorge usou as redes sociais para agradecer o voto de confiança. O médico destacou o apoio recebido da diretoria, dos jogadores, de colegas de profissão e dos torcedores. “É por essa confiança que fui escolhido para chefiar o Departamento Médico do Corinthians”, afirmou.
Com 24 anos de experiência na medicina, André ressaltou também a ligação afetiva com o clube. “Como corinthiano, é uma honra poder contribuir ainda mais com o clube que eu amo. Meu compromisso é claro: cuidar da saúde dos nossos atletas com responsabilidade, ciência e dedicação”, escreveu. A fala indica um esforço em retomar a credibilidade do setor, fragilizada nos últimos meses.
A chegada de André Jorge representa um novo momento no planejamento do departamento médico do clube. A expectativa interna é de que, com maior alinhamento entre comissão técnica e equipe médica, situações semelhantes às vividas recentemente não voltem a ocorrer. Afinal, a condição física dos atletas é parte central para o desempenho dentro de campo, sobretudo em uma temporada exigente como a atual.