Neymar retornou ao Santos em fevereiro, com um vínculo de cinco meses, visando readquirir ritmo de jogo para estar em condições de disputar a próxima Copa do Mundo. Contudo, seu desempenho ficou aquém das expectativas. Foram apenas 12 partidas, totalizando cerca de 700 minutos em campo, com três gols e três assistências.
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As lesões, que o acompanham há anos, mais uma vez interferiram na sequência desejada. Paralelamente, o clube não apresentou boa performance coletiva: caiu na semifinal do Paulistão diante do Corinthians, foi eliminado na terceira fase da Copa do Brasil para o CRB, e encontra-se na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro com apenas oito pontos.
Aliás, além do rendimento modesto, Neymar enfrentou críticas por seu comportamento fora das quatro linhas, sendo inclusive expulso na recente derrota para o Botafogo, o que pode ter marcado sua última atuação pelo clube no atual contrato.
Luis Fabiano e Vanderlei Luxemburgo em lados opostos
O episódio da expulsão reacendeu o debate sobre a forma como o jogador é tratado. Durante o programa “Resenha da Rodada”, exibido pela ESPN, o ex-atacante da Seleção Brasileira, Luís Fabiano, saiu em defesa do camisa 10.
“O Neymar está sobrecarregado, é muita coisa em cima do cara. Não há ser humano que aguente toda essa pressão, toda essa expectativa que foi gerada na volta dele”, argumentou. O ex-jogador destacou ainda que o atacante retornou lesionado, com necessidade de mostrar resultado rapidamente e sob um contrato prestes a se encerrar.
Enquanto isso, Vanderlei Luxemburgo, em participação no “Galvão e Amigos”, da Band, fez críticas ao comportamento do jogador em campo. Segundo o técnico, Neymar foi expulso por se descontrolar após o primeiro cartão amarelo, atitude que precisa ser corrigida caso ele deseje retornar à Seleção Brasileira.
Luxemburgo também comparou o temperamento do jogador ao de Vinícius Júnior, que, em sua visão, “não aceita sofrer falta” e frequentemente reage às jogadas com reclamações ou revide.
Convocação e futuro incerto
O técnico Carlo Ancelotti não incluiu Neymar na convocação mais recente da Seleção Brasileira. De acordo com o treinador, o atacante precisa estar plenamente recuperado fisicamente para voltar a ser considerado. A ausência, contudo, reforça a incerteza sobre os próximos passos do atleta no cenário internacional.
Por outro lado, uma possível transferência para o futebol mexicano surgiu como alternativa. O Pachuca, que disputará o Mundial de Clubes da FIFA em 2025, estuda a contratação do jogador como reforço temporário.
Embora não exista uma negociação oficial em curso, o interesse é real, segundo informações do jornal “Marca”, do México. A eventual ida para o torneio seria permitida pelo regulamento, que autoriza inscrições pontuais para a competição.
Reação da torcida e efeito comercial
Apesar do cenário esportivo instável, a presença de Neymar gerou efeito positivo no entorno do clube. A volta do ídolo movimentou os torcedores, elevou a venda de camisas e atraiu patrocínios, elementos que, embora não se reflitam diretamente em campo, tiveram impacto comercial significativo.
Entretanto, conforme apontado por analistas, os resultados coletivos e individuais distantes do ideal diminuem o entusiasmo inicial com o retorno do atacante ao futebol nacional.