A estreia de Carlo Ancelotti no comando da Seleção Brasileira terminou sem gols e com pouca empolgação. Na noite de quinta-feira (05 de junho), o Brasil ficou no empate em 0 a 0 com o Equador, em Guayaquil, em partida válida pela 15ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. O resultado manteve a equipe nacional com 22 pontos, agora na 5ª colocação, atrás do Paraguai, que venceu na rodada.
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Apesar da expectativa criada pela chegada do técnico italiano, o rendimento da equipe seguiu abaixo. A Seleção teve dificuldades para construir jogadas e praticamente não ameaçou o gol defendido por Valle. O setor ofensivo mostrou pouca fluência, com Estêvão tendo atuação discreta em sua estreia como titular e Richarlison com participação bastante apagada. Vini Jr., embora tenha criado as principais jogadas brasileiras, não repetiu as boas atuações que costuma apresentar no Real Madrid.
Ancelotti contou com pouco tempo de preparação. Foram apenas dois treinos completos com o grupo antes da partida. Assim, a escalação contou com jogadores já conhecidos do treinador, como Casemiro, Vini Jr. e Richarlison. O esquema adotado foi o 4-3-3, com Casemiro, Gerson e Bruno Guimarães no meio, além de Estêvão e Vini pelas pontas e Richarlison centralizado. A proteção do meio-campo teve desempenho razoável, mas o setor ofensivo seguiu com sérias dificuldades de infiltração.
O Equador, por sua vez, apresentou maior volume de jogo. A equipe de Sebastián Beccacece controlou a posse de bola e levou mais perigo, ainda que sem finalizações claras. O técnico argentino mexeu no intervalo, colocando Preciado, que deu novo fôlego ao time da casa. O Brasil só levou real perigo aos 30 minutos do segundo tempo, quando Casemiro finalizou após boa jogada de Vini Jr., mas o goleiro equatoriano defendeu sem grandes dificuldades.
Na zaga, Alexsandro apareceu bem, especialmente nas bolas paradas e nos passes verticais. Já Vanderson teve uma atuação abaixo, sendo bastante explorado pelo adversário e demonstrando desentrosamento com Marquinhos. As substituições promovidas por Ancelotti – com entradas de Martinelli, Matheus Cunha e Andrey Santos – mantiveram a estrutura da equipe, mas não surtiram grande efeito no ritmo da partida.
Agora, a Seleção se prepara para enfrentar o Paraguai, na próxima terça-feira (10 de junho), às 21h45 (horário de Brasília), na Neo Química Arena. Embora o empate fora de casa evite novos tropeços consecutivos, principalmente após a derrota para a Argentina, o desafio de reorganizar a equipe ofensivamente se impõe como uma das prioridades no início do novo ciclo sob o comando de Ancelotti.