Um relatório financeiro assinado por César Grafietti revelou que a dívida do Atlético-MG ultrapassa R$ 2,3 bilhões. A projeção é de que o clube leve entre 19 e 22 anos para quitar esse montante, a depender da evolução da receita e da política de pagamento adotada. O clube reconhece oficialmente uma dívida de R$ 1,3 bilhão, mas análises externas, como a do ge, estimam o valor em R$ 1,8 bilhão, considerando compromissos de curto e longo prazo.
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Segundo o documento, se o Atlético destinar 20% de sua receita anual exclusivamente para a redução da dívida e repetir o faturamento de 2024, será possível regularizar a situação em 19 anos. No entanto, se for considerada a média de arrecadação dos últimos três anos, o prazo se estende para aproximadamente 22,5 anos. Apesar do bom desempenho esportivo recente, que impulsionou as receitas, o clube não tem conseguido aplicar os lucros das transferências de atletas na amortização do passivo.
O desempenho em campo impactou positivamente as finanças em 2024. A classificação às finais da Libertadores e da Copa do Brasil elevou a receita recorrente para R$ 491 milhões, valor que colocou o clube como o quinto maior faturamento do país. Em 2023, essa receita havia sido de R$ 351 milhões. Contudo, a dívida líquida aumentou para mais de R$ 1 bilhão, mesmo com R$ 450 milhões obtidos em vendas de jogadores desde 2020.
A arrecadação com direitos de transmissão também contribuiu significativamente, subindo de R$ 170 milhões, em 2023, para R$ 248 milhões no ano seguinte. O estádio próprio, Arena MRV, igualmente teve papel de destaque nesse contexto. Em 2024, foram R$ 81 milhões arrecadados em bilheteria, representando crescimento de 52% em relação ao ano anterior.
Apesar disso, pendências financeiras ainda persistem. O clube atrasou pagamentos relacionados a direitos de imagem e premiações ao elenco, e tenta agora arrecadar R$ 24 milhões para quitar parte desses compromissos. Internamente, a direção da SAF admite limitações. “Não estou autorizado a aumentar a dívida do clube”, afirmou um dos executivos. O ‘ge’ divulgou os dados.
Por fim, Rafael Menin, um dos acionistas da SAF, deve conceder entrevista no sábado (07 de junho) para esclarecer pontos do relatório. A expectativa é de que o dirigente trate sobre os próximos passos financeiros e esportivos do clube, após o cancelamento de uma coletiva anterior com o CEO, Bruno Muzzi.
