A Conmebol anunciou que passará a implementar regras de fair play financeiro para os clubes que disputam as competições sul-americanas. A medida foi revelada na quarta-feira (12 de junho) pelo presidente Alejandro Domínguez, durante o discurso de posse para seu novo mandato, que se estenderá até 2031. O dirigente destacou que, diante do aumento de receitas e da valorização dos prêmios nas competições recentes, torna-se necessário estabelecer limites para evitar que os clubes acumulem dívidas excessivas.
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“Temos que cuidar muito bem da saúde do nosso futebol. De nada serve ou vai servir gerar dinheiro e investir, com os clubes ficando cada vez mais endividados”, afirmou Domínguez. Conforme destacou, a entidade pretende, a partir de agora, inovar com a introdução de controles financeiros, a fim de que as finanças das equipes acompanhem de forma sustentável a evolução econômica do torneio.
Apesar do anúncio, a Conmebol ainda não divulgou detalhes específicos sobre os critérios que serão adotados nem estipulou prazos para a implementação do novo modelo de regulação. No entanto, é provável que o modelo da Uefa, entidade europeia que aplica normas similares há anos, seja utilizado como principal referência.
Aliás, a proposta de Domínguez também repercute no Brasil. A CBF, sob a gestão de Ednaldo Rodrigues e Samir Xaud, já sinalizou interesse em seguir caminho semelhante. Inclusive, uma portaria foi publicada com o objetivo de criar um grupo de trabalho responsável por definir as regras que possam ser aplicadas nos campeonatos nacionais.
Ainda durante o evento, o presidente reeleito reforçou a importância do investimento responsável por parte dos clubes. “Queremos clubes fortes. Queremos que se invista o dinheiro na logística que nos vai assegurar o futuro. Trabalhando juntos, podemos sonhar, solidificar as bases e as condições dos nossos clubes e associações membro”, completou Domínguez.
Em síntese, a criação do fair play financeiro pela Conmebol representa uma tentativa de equilíbrio entre o crescimento econômico do futebol sul-americano e a necessidade de gestão responsável por parte dos clubes. Embora o plano ainda esteja em fase inicial, o posicionamento público da entidade marca um novo momento no planejamento do futebol continental.
