O diretor de futebol do Flamengo, José Boto, encontra-se em uma situação delicada e pondera uma possível saída do clube carioca. Conforme informações do jornalista Venê Casagrande, ocorreu uma reunião entre o português e o presidente Luiz Eduardo Baptista para discutir os rumos da gestão. Posteriormente, Boto busca respaldo da presidência para dar continuidade ao seu trabalho na Gávea.
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A tensão se intensificou após o veto presidencial à contratação do atacante irlandês Mikey Johnston, que havia sido aprovada tanto pelo próprio diretor quanto pelo técnico Filipe Luís. Entretanto, BAP recuou da decisão mediante pressão de aliados políticos internos do clube. O episódio gerou questionamentos sobre a autonomia do departamento de futebol e provocou insatisfação nas redes sociais entre os torcedores.
Durante sua gestão iniciada em janeiro deste ano, com contrato válido até o final de 2026, Boto optou por não renovar com jogadores como Gabigol e David Luiz. Ademais, vendeu o zagueiro Fabrício Bruno ao Cruzeiro por 7 milhões de euros (R$ 44 milhões) e trouxe reforços como o zagueiro Danilo, o lateral-esquerdo Alex Sandro, o atacante Juninho e o volante Jorginho.
Marcos Braz se manifesta
Em meio ao cenário conturbado, o ex-vice-presidente de futebol Marcos Braz, atualmente no Remo, utilizou suas redes sociais para uma publicação aparentemente provocativa. Braz postou uma imagem com gelo e uma gota de sangue, acompanhada de um trecho da música “Deixe a Vida Rolar”, de Clovis Pê.
A postagem continha a seguinte frase musical: “De boa, de nada. O tempo diz tudo. Faz o que der vontade. Sem medo do mundo”. A escolha da imagem fez referência ao bordão “gelo no sangue”, que o dirigente criou em 2019 durante período de pressão por contratações no Flamengo.
A expressão se popularizou quando questionado sobre a demora nas negociações naquele momento. Braz respondeu: “calma, precisamos ter gelo no sangue”. Posteriormente, a frase se tornou emblemática durante as contratações de peso como os laterais Rafinha e Filipe Luís, o meia Gerson e o técnico Jorge Jesus.
Braz comandou o futebol rubro-negro por seis anos durante a gestão de Rodolfo Landim, mas deixou o cargo após a vitória eleitoral de Luiz Eduardo Baptista. Em maio deste ano, foi anunciado como executivo de futebol do Remo.