O ambiente interno do Flamengo voltou a ser tema de debate após a ausência de Pedro na vitória por 2 a 0 sobre o São Paulo, no sábado (12 de julho), pelo Campeonato Brasileiro. O centroavante não foi relacionado para a partida, fato que gerou questionamentos e declarações contundentes do técnico Filipe Luís e, posteriormente, críticas incisivas do jornalista Venê Casagrande.
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Durante participação no programa do SBT Rio na segunda-feira (14 de julho), Venê Casagrande relembrou episódios anteriores envolvendo Pedro e antigos treinadores do clube, como Dorival Júnior e Rogério Ceni. Segundo ele, os atritos do atacante com a comissão técnica não são novidade.
“Para tratar desse assunto, a gente tem que voltar um pouco ao passado. O histórico do Pedro. Ele faz isso desde os tempos do Fluminense. No Flamengo, ele teve problema com Dorival Jr e com o Rogério Ceni. Ambos falaram publicamente. Teve o episódio do soco na cara que o preparador do Sampaoli deu porque o Pedro não queria aquecer em um jogo. Obviamente, um soco nunca vai ser correto e tirou a razão. Aí caiu no esquecimento. Como vai criticar o Pedro após ele levar soco? Mas, para isso acontecer, muita coisa acontece antes nos bastidores”.
O jornalista ainda ressaltou a postura recorrente do atacante em treinamentos, afirmando que a comissão técnica de Filipe Luís agiu corretamente ao deixá-lo fora da lista de relacionados: “A gente precisa entender por que ele levou aquele soco. Então, não é a primeira vez que o Pedro passa por isso. Ele precisa treinar e ter comprometimento. Eu, se fosse chefe, agiria da mesma forma que o Filipe Luís, pois você precisa dar exemplo para os jogadores. Se ele não faz isso, ele perde o grupo de jogadores”.
Além disso, Venê revelou que já havia informações nos bastidores sobre a postura do jogador nos treinamentos, embora tenha se surpreendido com a gravidade da situação.
“Muita gente acha que o Filipe Luís vai perder o grupo do Flamengo por essas declarações. Eu acho o contrário. Ele está defendendo grupo dele com essas declarações, porque era ele que estava sendo massacrado quando não colocava o Pedro para jogar. Eu não fiquei tão surpreso, pois eu já sabia que o Pedro fazia essas coisas. Só não imaginava a gravidade. O negócio passou dos limites”.
Pedro, por sua vez, reuniu-se com colegas do elenco sem a presença da comissão técnica. Na conversa, tentou justificar seu comportamento, alegando desconforto com declarações de um dirigente sobre uma possível venda por 15 milhões de euros e sentindo-se desrespeitado com as expressões utilizadas por Filipe Luís.
Atualmente, o futuro do camisa 9 no clube é incerto. Como já atuou em oito partidas pelo Flamengo no Brasileirão, ele não pode ser transferido para outro time da Série A nesta edição do campeonato. Por ora, o clube e o jogador ainda não deram sinais públicos sobre uma possível saída ou reintegração ao elenco.