O atacante Bruno Henrique será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) na próxima quinta-feira (04 de setembro), acusado de envolvimento em possível manipulação de apostas no Brasileirão de 2023. O Flamengo, atento ao caso, já estrutura sua defesa, conduzida por Michel Assef Filho, e busca respaldo em precedentes recentes, como o processo de Lucas Paquetá na Inglaterra, encerrado sem punição ao ex-jogador do clube.
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O caso gira em torno de um cartão amarelo recebido por Bruno Henrique em uma partida contra o Santos, supostamente forçado com a intenção de beneficiar apostadores. Parte da investigação se baseia em conversas do atleta com seu irmão, porém o jogador nega qualquer tipo de irregularidade. Conforme a defesa, não há indícios de que a conduta tenha interferido diretamente no andamento da partida ou em seu resultado esportivo.
A acusação será avaliada inicialmente pela 1ª Comissão Disciplinar do STJD. Caso haja recurso de qualquer uma das partes, o processo seguirá ao Pleno, segunda instância do tribunal. Como não há medida preventiva em vigor, Bruno Henrique continua apto a atuar normalmente até que haja decisão definitiva. Se for condenado, o atacante poderá ser suspenso por até dois anos e multado em até R$ 200 mil, conforme os artigos 243 e 243-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva.
Enquanto isso, o Flamengo mantém o jogador integrado ao elenco principal, inclusive nos treinamentos no Ninho do Urubu. A diretoria rubro-negra assegura apoio jurídico total ao atleta e adota como referência a condução do caso de Lucas Paquetá, que, apesar de indícios, não recebeu sanção na Inglaterra. A expectativa é de que o STJD, tal como em instâncias anteriores, reconheça a fragilidade das acusações.
“Essa acusação é completamente descabida. Não houve qualquer intenção de manipular apostas ou influenciar o jogo”, declarou fonte ligada à defesa, ao justificar a estratégia adotada.
Paralelamente ao processo na esfera esportiva, o caso também avança na Justiça comum. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgará na terça-feira (02 de setembro) um recurso da defesa que busca anular a investigação do Ministério Público do Distrito Federal. Anteriormente, um pedido de habeas corpus foi negado por um dos ministros do tribunal.
Bruno Henrique e seu irmão foram formalmente denunciados em junho. Além da manipulação de apostas, a acusação inicial incluía tentativa de estelionato, rejeitada pela Justiça. A decisão do STJ poderá influenciar os desdobramentos no âmbito desportivo, mas o julgamento no STJD seguirá cronograma próprio.
Mesmo com a gravidade das acusações, o Flamengo mantém seu planejamento competitivo para os compromissos no Brasileirão e na Libertadores. A presença de Bruno Henrique nas próximas partidas está condicionada ao andamento do processo e à inexistência de sanções até que se esgotem todas as instâncias legais.
