Contrato milionário sendo negociado, críticas de Jorginho e comparação de Everton Ribeiro: as últimas notícias do Flamengo

Camisa do Flamengo com patrocínio da Betano (Foto: Divulgação)

Um dia movimentado no futebol brasileiro trouxe temas de bastidores e de campo: o Flamengo capitaliza o maior patrocínio da América Latina e aproveita para reavaliar acordos, Jorginho reacende o debate sobre a função dos laterais ao criticar Danilo, e Everton Ribeiro, campeão da Copa do Nordeste pelo Bahia, descreve a evolução de Rogério Ceni no comando tricolor. A seguir, os principais pontos de cada assunto.

Flamengo quer reajustar contratos após megapatrocínio com a Betano

O Flamengo vive uma fase de forte valorização comercial e abriu uma rodada de renegociações com seus parceiros após fechar com a Betano o maior patrocínio do futebol da América Latina. O acordo prevê R$ 895 milhões fixos em três anos e quatro meses, com possibilidade de chegar a R$ 932,5 milhões mediante variáveis, patamar que reposiciona o clube no mercado e cria uma nova referência para concorrentes do continente.

A diretoria planeja adequar os contratos de todos os patrocinadores à nova realidade financeira, com foco no fornecimento de material esportivo. No alvo, a parceria com a Adidas, que hoje rende cerca de R$ 70 milhões por temporada, deve ser revista para refletir a força de exposição do clube e o retorno gerado pela camisa rubro-negra.

A cobrança também vem das arquibancadas: torcedores contestam nas redes o montante pago pela marca alemã, considerado abaixo do que a visibilidade do Flamengo sugere. À frente das conversas está o presidente do Conselho de Administração, Luiz Eduardo Baptista, que busca reforçar o protagonismo do clube fora de campo sem romper relações estratégicas.

Desde 2013, a Adidas assina uniformes emblemáticos do período vitorioso recente, e a manutenção do vínculo é tratada como relevante. Com um portfólio robusto de marcas como BRB, Shopee, Assist Card, Hapvida e Texaco, o Flamengo já ultrapassa R$ 400 milhões em patrocínios em 2025, consolidando a liderança em receitas comerciais no país.

Jorginho critica participação ofensiva de Danilo e reacende debate sobre laterais

O campeão mundial de 1994 Jorginho, referência na lateral, criticou publicamente o desempenho de Danilo, hoje também utilizado como zagueiro, sobretudo em atuações pela Seleção Brasileira. Em entrevista ao podcast Basticast, ele defendeu que a função do lateral vai além da proteção defensiva e exige presença constante no apoio e nos cruzamentos.

“Lateral precisa saber cruzar. Hoje em dia, no futebol moderno, é difícil de conseguir ver isso. Hoje é um jogo muito apoiado e com poucos laterais chegando ao fundo. Os pontas jogam com pernas ‘trocadas’ e normalmente cortam para dentro, o lateral tem que passar”

“Eu vi alguns jogos recentes da Seleção Brasileira e dava desespero de olhar o lateral não passar. Acabou não dando um cruzamento. O Danilo é um grande lateral, mas teve um jogo que ele, se eu não me engano foi contra a Argentina, não chegou ao fundo uma vez. Não pode um lateral não cruzar uma bola durante todo o jogo”

Para Jorginho, a adaptação de Danilo como terceiro zagueiro fortalece a defesa, mas reduz seu impacto no último terço. Reforçado pela experiência de 34 anos e por títulos como a Supercopa do Brasil e o Campeonato Carioca nesta temporada pelo Flamengo, o jogador volta ao centro do debate sobre qual configuração potencializa seu rendimento.

Everton Ribeiro elogia evolução de Rogério Ceni no Bahia após título da Copa do Nordeste

Sem rodada do Brasileirão durante a Data Fifa, o meia Everton Ribeiro participou ao vivo do programa Fechamento sportv no domingo (07), por videoconferência de Salvador, um dia depois de conquistar a Copa do Nordeste com o Bahia. Ex-Flamengo, ele voltou a trabalhar com Rogério Ceni e relatou mudanças no técnico desde a passagem conjunta pelo Rubro-Negro; o meia deixou o clube carioca no fim de 2023 e assinou por duas temporadas com o Tricolor, com opção de mais uma.

“Eu acredito que o Rogério vem se atualizando, vem mudando muito a forma de ser também com o grupo. Eu vejo diferença muito grande do que ele era com o Flamengo”

“A vontade de vencer não muda, a cobrança diária é até maior, ele quer marcar a história também no Bahia, mas hoje ele já consegue entender um pouco melhor o dia a dia dos jogadores”

“Consegue fazer essa gestão muito bem e dá oportunidade para todos, isso eu acho que é o mais importante”