Com Filipe Luís no comando, o Flamengo enfatiza a construção desde a defesa, com zagueiros influentes na saída de bola. Léo Pereira, por exemplo, lidera os passes precisos no Brasileirão, com 1.454, enquanto Léo Ortiz aparece logo atrás, com 1.380 – segundo dados do ‘DataFut’.
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Os números influenciam ainda mais no debate sobre o peso técnico da dupla no esquema do técnico rubro-negro. Ao ser questionado sobre o conceito mais relevante na equipe de Filipe Luís, o especialista ‘Rafa Scout’ apontou os zagueiros como centro do modelo.
“Os jogadores de primeira linha, da primeira fase de construção, e capacidade de conduzir para trás. O que Léo Pereira e Léo Ortiz jogam é piada. O que eles conseguem colocar em campo, essa ideia de conduzir para atrair, libertar espaço às costas, provocar terceiro homem em relação à força do passe. É loucura o que eles fazem”, avaliou.
Há nome insubstituível?
A discussão logo avançou para a substituibilidade das peças ofensivas e defensivas. Para Rafa, apenas a dupla de zaga é imprescindível dentro da engrenagem atual, enquanto nomes como Pedro, Arrascaeta e Alex Sandro teriam reposição.
Assim, ele condicionou eventuais mudanças no funcionamento do time à ausência dos zagueiros e à entrada de Danilo.
“80% do Flamengo são os Léos. O Pedro é substituível, o Arrascaeta, o Alex Sandro. Todos. O Léo Pereira e o Ortiz não são. Se um lesiona o cruzado e outro é vendido, é pensar em um outro Flamengo. Se o Danilo entra, o Flamengo muda”, completou.
Disputa interna no Flamengo
Já ao comparar características individuais, Rafa destacou que Léo Ortiz se alinha melhor ao jogo de posição praticado pela equipe. Segundo sua análise, o zagueiro demonstra intenção frequente de conduzir e sustentar a bola até induzir o salto adversário, algo que, na visão dele, o diferencia na disputa interna com Danilo.
“O Léo Ortiz tem muito mais intenção em praticar jogo de posição. A maneira como conduz, como sustenta a bola para esperar o salto. O Danilo não tem. Imagino que seja o motivo pelo qual o Ortiz joga na frente do Danilo”, disse.
Por outro lado, o analista reconheceu pontos fortes de Danilo em ações sem bola. Contudo, reforçou que o modelo com posse valoriza a relação entre a dupla titular e a capacidade de acionar o terceiro homem por meio de passes firmes para superar a pressão rival.
“Vários quesitos do sem bola do Danilo são melhores que os do Léo. Mas a capacidade de provocar os conceitos de posição quando tem a bola é melhor. O que melhor faz? É a relação entre os dois, a capacidade de sustentar o terceiro homem com a força do passe, sustentar para chamar a subida de pressão do adversário e jogar nas costas. São os dois mais insubstituíveis”, concluiu.
O Flamengo volta a campo neste domingo (14), às 16h, para tentar quebrar um jejum que perdura desde 1997 no Alfredo Jaconi. Além do feito histórico, vencer o Juventude o deixaria ainda mais confortável na liderança do Brasileirão.