O Bahia voltou a tropeçar nas quartas de final da Copa do Brasil e manteve um tabu incômodo: o clube nunca avançou às semifinais da competição. O recorte recente inclui confrontos decisivos no Maracanã contra adversários cariocas. Nesse cenário, a equipe voltou a conviver com frustração e autocrítica após uma nova eliminação fora de casa.
Notícias mais lidas:
Em 2024, o adversário foi o Flamengo, que venceu os dois jogos por 1 a 0. Na Arena Fonte Nova, Bruno Henrique marcou o gol do triunfo. No Maracanã, Arrascaeta garantiu a classificação do Mengão às semifinais e, consequentemente, a eliminação do Bahia. Já naquele momento, a queda nas quartas expunha o limite do time no torneio.
Na quarta-feira (10 de setembro), o Bahia encarou o Fluminense no Maracanã, pela volta das quartas de final de 2025, com vantagem no placar, já que tinha vencido o primeiro embate por 1 a 0. Com gols de Canobbio, de pênalti, e Thiago Silva, os comandados de Renato Gaúcho reverteram a derrota sofrida na ida, na Fonte Nova, quando Luciano Juba havia marcado. O Tricolor das Laranjeiras avançou às semifinais.
Após a eliminação, Rogério Ceni externalizou a insatisfação com o desempenho do Bahia em coletiva de imprensa e comparou o nível de dificuldade enfrentado em 2025 ao do duelo contra o Flamengo em 2024.
“Não tenho como explicar essa mudança tão drástica dentro de campo. Não é isso que a gente prega. Ganhar ou perder faz parte, mas jogamos muito pouco. Repito, até a defesa, em linha baixa, conseguimos sustentar bem no primeiro tempo. Mas não tivemos contra-ataques, não combinamos passes. O time do Fluminense era bem mais possível do que o Flamengo no ano passado”, pontuou.
Ceni listou falhas do time baiano, como a falta de contra-ataques e a incapacidade de combinar passes, apesar de sustentar a linha baixa em parte do jogo. O técnico ainda sublinhou a atuação aquém do esperado em mata-mata e o mérito do adversário. Segundo ele, a equipe não conseguiu executar o plano preparado ao longo da semana.
“Não consigo explicar. Trabalhamos durante toda a semana as possibilidades para o jogo. Claro que tem o mérito do Fluminense, mas não produzimos nada. Lutamos pouco, não tivemos nem competitividade, que é o mínimo que se espera em uma competição de mata-mata. Perder é parte do jogo, mas hoje nos faltou bastante”, iniciou.
“Com troca ou sem troca, não jogamos absolutamente nada. Não conseguimos ter o controle de jogo, tivemos pouca coragem para jogar o futebol que é de nosso costume. Até nos defendemos bem em linha baixa quando não tínhamos a bola. Mas com a bola fomos completamente nulos, não conseguimos jogar”.
Ceni ainda ressaltou o trabalho prévio para a partida, a dificuldade na construção sob pressão e o reconhecimento ao sistema do Fluminense. Ele voltou a lamentar a baixa produção ofensiva e a pouca competitividade apresentada pelo Bahia no confronto decisivo.
“Não consigo explicar. Trabalhamos durante toda a semana as possibilidades, construção e saída de jogo. Tem o mérito do Fluminense não ter nos deixado a gente trocar tanto a bola. Mas procuramos muito pouco o jogo. Me sinto mal não por perder, alguém tem que passar e alguém tem que ficar, mas não produzimos nada. Lutamos pouco”, lamentou.
Pelo Brasileirão, o Bahia enfrenta o Cruzeiro na segunda-feira (15 de setembro), às 20 horas, na Casa de Apostas Arena Fonte Nova. Já o Fluminense recebe o Corinthians no sábado (13 de setembro), às 21 horas, no Maracanã. O Flamengo encara o Juventude no domingo (14 de setembro), às 16 horas (horário de Brasília), no Estádio Alfredo Jaconi.