A polêmica da expulsão de Gonzalo Plata, revertida pela Conmebol menos de 24 horas após a vitória do Flamengo sobre o Estudiantes por 2 a 1, provocou forte reação entre rivais do clube carioca. O cartão vermelho aplicado pelo árbitro Andrés Rojas havia gerado discussão em campo e revolta entre rubro-negros. A entidade, porém, admitiu erro e liberou o jogador para atuar na partida de volta das quartas da Libertadores.
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Em nota oficial, a Conmebol afirmou que, após análise da Comissão de Arbitragem e da Unidade Disciplinar, a suspensão foi retirada. A decisão garantiu que Plata esteja “apto para atuar normalmente” no duelo da próxima quinta-feira (25), em La Plata. Ainda que o Flamengo tenha comemorado a revisão, a medida rapidamente ganhou contornos de controvérsia fora da Gávea.
Torcedores de outros clubes enxergaram favorecimento e não pouparam críticas. Um dos comentários mais repetidos classificou a atitude da entidade como “piada”, destacando que o VAR não pode rever cartões amarelos em campo, mas a Conmebol anulou o lance no dia seguinte. A crítica se estendeu à possibilidade de a entidade, futuramente, alterar até resultados de jogos.
Outros rivais falaram em “roubo na cara dura” contra o Estudiantes, questionando a rapidez da decisão. Segundo essa visão, a anulação mostrou tratamento desigual e “má vontade com alguns times” na Libertadores. A acusação reforçou a percepção de que a revisão beneficiou diretamente o Flamengo em uma disputa decisiva.
Vão fazer isso agora com todos os times ou só com o protegido da cbf?
— Marcos Ferreira (@marcos___fereir) September 19, 2025
Também houve quem apontasse incoerência na postura da Conmebol. Torcedores lembraram que sempre ouviram que “decisão de campo não pode ser alterada fora dele”. Para esses críticos, a entidade “abriu um precedente enorme” que só seria usado em favor dos mesmos clubes. A revolta incluiu até o pedido de que o Estudiantes buscasse seus direitos para tentar reverter o que chamaram de “absurdo sem precedentes”.
Meu Deus são favorecidos na Ferj, na CBF, e agora na comebol … Como que compete com um sistema desses ? 🤮
— hgzin_01 (@HigorPinhe57632) September 19, 2025
A anulação, embora não seja inédita em torneios da Conmebol, é rara. Casos como o de Romagnoli, em 2014, pelo San Lorenzo, e Dedé, em 2018, pelo Cruzeiro, também tiveram suspensões revertidas após expulsões polêmicas. Plata agora integra essa lista restrita de jogadores beneficiados.
A revolta dos rivais, porém, mostrou-se mais intensa do que em episódios anteriores. A suspeita de que decisões disciplinares possam variar conforme os clubes envolvidos alimentou a contestação. Palavras como “palhaçada” e “absurdo” dominaram a reação digital, demonstrando a insatisfação com a mudança a favor do time carioca.