Nesta sexta-feira (26 de setembro), a Libra repudiou a ação do Flamengo que levou a uma liminar para depósito em juízo de R$ 77,1 milhões.
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Na noite de quarta-feira (24 de setembro), a Justiça do Rio determinou que a Globo depositasse o segundo repasse das cotas do Brasileirão. O primeiro repasse, na sexta-feira (25 de julho), foi de R$ 76,6 milhões. Restam duas parcelas em 2025, uma em novembro e outra ao fim do torneio. O contrato com a liga vale até 2029.
Já o atrito envolve a distribuição da verba de transmissão. O acordo prevê 40% igualitário, 30% por desempenho e 30% por audiência. O Flamengo discorda do critério da audiência e sugere usar cadastros do pay-per-view. Em agosto, o clube propôs reunião e só o Volta Redonda apoiou; os demais votaram contra. Ainda assim, o clube recorreu à Justiça com base na exigência de unanimidade.
Em nota, a liga declarou que a iniciativa do Flamengo desgasta a harmonia do grupo e bloqueia repasses previstos em contrato.
“A Libra repudia a decisão unilateral e repentina da atual gestão do Flamengo, que moveu ação judicial contra o conjunto de clubes do qual faz parte, bloqueando repasses financeiros consagrados em contrato e desgastando a harmonia do grupo ao questionar acordos já pacificados”.
Além disso, o Flamengo contesta a forma de distribuição dos valores do pay-per-view de 2025 e vê perda estimada de R$ 100 milhões.
Depois, o presidente Luiz Eduardo Baptista, o BAP, reforçou a posição do clube em entrevista.
“Sabe quando vou aceitar receber 3,5 vezes a mais do que os clubes pequenos? Nunca! Não vai acontecer acordo nessas condições. O Flamengo não será desapropriado. Isso é a desapropriação de um ativo que é nosso por nenhuma razão, nenhum critério, nenhum mérito que possa ser aventado”.