Renato Augusto colocou um ponto final em sua trajetória como jogador de futebol, mas suas palavras recentes indicam que o vínculo com o esporte continua vivo, mesmo após pendurar as chuteiras. Revelado pelas categorias de base do Flamengo, o ex-meia encerrou a carreira no Fluminense aos 37 anos e tem como objetivo estudar para seguir no futebol, possivelmente como treinador ou gestor.
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A relação com o Flamengo, clube que o projetou profissionalmente, continua marcada por gratidão e carinho. Renato protagonizou momentos importantes com a camisa rubro-negra, como o título da Copa do Brasil em 2006 e o gol decisivo na final do Carioca de 2007. Apesar disso, sua conexão emocional mais forte no futebol foi construída em outro endereço.
“Eu tenho carinho e gratidão pelo Flamengo, mas a minha história, onde meu olho brilha, que eu fico arrepiado, emocionado, hoje é o Corinthians”.
O ex-jogador revelou, inclusive, que tentou retornar ao Flamengo em mais de uma oportunidade, mas viu os planos não se concretizarem. Em uma das tentativas, chegou a dar a palavra ao dirigente Kleber Leite de que priorizaria o clube carioca, mas acabou acertando com o Corinthians após o Rubro-Negro desistir da negociação.
“Por muito tempo eu fiquei magoado. Eu tentei voltar por diversas vezes, e o clube depois vendia externamente que eu não quis. Isso me magoava um pouco”.
A transferência para o Corinthians, que inicialmente gerou dúvidas externas, acabou se transformando no ponto alto de sua carreira. Renato Augusto conquistou títulos e criou um vínculo profundo com a torcida, mesmo sem levantar troféus em sua segunda passagem. O meia admitiu que o carinho recebido em Itaquera foi determinante para essa identificação tão intensa.
“Acho que eu criei um elo muito maior [com o Corinthians], mesmo não tendo conquistado um título. […] Foi muito marcante. Batemos na trave, na final, nos pênaltis, mas foi mágico”.
Ainda que o Flamengo tenha representado o início da jornada, com direito a estreia vestindo a camisa 10 em uma final no Maracanã, o ex-jogador revelou que os episódios de desgaste e frustrações por negociações não concretizadas pesaram em sua visão sobre o clube. Mesmo assim, reconheceu o papel fundamental do Rubro-Negro em sua formação.
Por ora, Renato prefere não se comprometer com funções específicas no pós-carreira, embora tenha iniciado os estudos para obter a Licença B da CBF. A intenção é vivenciar novas experiências antes de definir o caminho a seguir.
“A princípio penso em estudar e entender o lado que quero seguir. Quero ter a possibilidade de, quem sabe, ser treinador, ir para gerência, algo do tipo, ou por que não estar aqui com vocês”.
Renato Augusto deixa os gramados com uma trajetória marcada por títulos relevantes, passagens por grandes clubes e reconhecimento da torcida. Acima de tudo, encerra sua carreira com a consciência tranquila e o desejo de retribuir ao futebol fora das quatro linhas.
