José Boto, diretor de futebol do Flamengo, revelou bastidores da contratação do espanhol Saúl Ñíguez. Em entrevista ao jornal Record, de Portugal, ele disse que precisou agir rápido para evitar o acerto do meio-campista com o Trabzonspor, da Turquia. O dirigente relatou episódios que envolveram pressão de tempo e negociações durante a madrugada.
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Antes, Saúl, ex-Atlético de Madrid, tinha um acerto verbal com o Trabzonspor. Conforme a imprensa espanhola, ele desistiu do negócio na última hora por “motivos pessoais” e rompeu o acordo, que já tinha exames médicos agendados. O jogador tornou-se um dos reforços do Flamengo nesta temporada.
Ao narrar o episódio central, Boto afirmou que retirou o atleta de um avião privado disponibilizado pelos turcos para concluir o acordo com o Rubro-Negro.
“Tenho muitas (histórias curiosas). Algumas não posso contar, mas posso contar uma aqui no próprio Flamengo. Eu tirei o Saúl Ñíguez do voo privado de um clube turco que já tinha como certo. E consegui tirá-lo de dentro de um jato privado que o clube turco tinha disponibilizado”.

Depois, ele detalhou a madrugada de conversas com a Europa e a diferença de fuso horário com a Espanha, que exigiu trabalho contínuo após um jogo.
“Isso fez com que eu passasse uma noite totalmente em branco. Quando você faz negócios com a Europa, tem o problema do fuso horário. Neste caso, eram cinco horas de diferença para a Espanha, e isso me obrigou, logo após um jogo, a ficar a noite toda acordado para conseguir fechar o negócio quase às cinco da manhã do Brasil”.
Em seguida, Boto citou outra negociação desgastante, envolvendo o lateral-direito Emerson Royal, então no Milan, durante a pré-temporada do clube italiano na Malásia.
“O Emerson estava com o Milan fazendo a pré-temporada na Malásia e, imagina, eu falava com o Furlani, diretor do Milan, em horários completamente diferentes. Eu precisava que ele me enviasse documentos e ele não me atendia, pois estava dormindo. Essas coisas dão um stress enorme, mas agora são sempre histórias boas de contar”.