No radar do torcedor rubro-negro nesta semana: Bruno Henrique foi chamado para audiência na Conmebol após gestos ao fim de Estudiantes x Flamengo; o diretor José Boto revelou os bastidores da contratação relâmpago de Saúl Ñíguez, disputado por um clube turco; e a Raça Rubro-Negra divulgou nota dura cobrando reação do elenco e reclamando da arbitragem após a derrota para o Bahia.
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Conmebol convoca Bruno Henrique por gestos após Estudiantes x Flamengo
A Unidade Disciplinar da Conmebol convocou Bruno Henrique para audiência na sexta-feira, 10 de outubro, às 11h30 (de Brasília), para apurar gestos obscenos feitos pelo atacante ao término de Estudiantes x Flamengo, em La Plata, pelas quartas de final da Libertadores. O caso cita os itens 2b e 2c do Artigo 11 (princípios de conduta), e o Artigo 6, que prevê suspensão por número de jogos ou por período; o jogador poderá participar por videoconferência.
O episódio ganhou forte repercussão na imprensa argentina, e a Conmebol anexou sete links de reportagens na abertura do expediente. Desde 13 de setembro, Bruno Henrique atua com efeito suspensivo do STJD após punição de 12 jogos por manipulação. O documento disciplinar registra a conduta do atleta no pós-jogo, que teve classificação flamenguista nos pênaltis.
“Em 25 de setembro de 2025 se disputou a partida entre Estudiantes-ARG x Flamengo no Estádio Jorge Luis Hirschi, na cidade de La Plata, na Argentina, pela partida de volta das quartas de final da Libertadores de 2025. A Unidade Disciplinar da Conmebol tomou conhecimento que o jogador Bruno Henrique, do Flamengo, depois do fim do jogo, realizou gestos obscenos dirigidos aos torcedores do Estudiantes de La Plata, que se encontravam nas arquibancadas. Os feitos repercutiram em diversos meios de comunicação”.
“Só mostram a minha parte, mas a parte de nós jogadores sendo atingidos por objetos, latas e outras coisas não mostraram. Inclusive só tive essa reação por ter recebido um isqueiro no rosto”.
Bastidores da contratação de Saúl Ñíguez
Em entrevista ao jornal Record (Portugal), o diretor de futebol José Boto revelou como o Flamengo agiu para evitar que Saúl Ñíguez, ex-Atlético de Madrid, fechasse com o Trabzonspor. Segundo o dirigente, houve uma corrida contra o tempo, com pressão até o último minuto, depois de o espanhol ter um acerto verbal com o clube turco e exames médicos encaminhados.
Boto relatou uma madrugada inteira de negociações por conta do fuso horário com a Europa, com tratativas que avançaram até perto das cinco da manhã no Brasil. Ele ainda mencionou outra frente desgastante, envolvendo o lateral Emerson Royal, então no Milan, em pré-temporada na Malásia, o que dificultou contatos e trocas de documentos.
“Tenho muitas (histórias curiosas). Algumas não posso contar, mas posso contar uma aqui no próprio Flamengo. Eu tirei o Saúl Ñíguez do voo privado de um clube turco que já tinha como certo. E consegui tirá-lo de dentro de um jato privado que o clube turco tinha disponibilizado”.
“Isso fez com que eu passasse uma noite totalmente em branco. Quando você faz negócios com a Europa, tem o problema do fuso horário. Neste caso, eram cinco horas de diferença para a Espanha, e isso me obrigou, logo após um jogo, a ficar a noite toda acordado para conseguir fechar o negócio quase às cinco da manhã do Brasil”.
Raça Rubro-Negra protesta após derrota para o Bahia
Um dia depois da derrota por 1 a 0 para o Bahia, em Salvador, a Raça Rubro-Negra divulgou nota cobrando reação imediata do elenco e criticando a arbitragem do Campeonato Brasileiro. O movimento apontou fatores internos e externos para explicar a oscilação, com recados diretos ao departamento de futebol e à comissão técnica.
No jogo do domingo, o Flamengo teve dois expulsos (Danilo no primeiro tempo e Wallace Yan na etapa final) e terminou com nove em campo. Com o revés, igualou 55 pontos ao Palmeiras, mas segue atrás pelo critério de vitórias. Na madrugada, houve protesto na sede social da Gávea, incluindo pichações com críticas ao presidente Luiz Eduardo Baptista e ao atacante Samuel Lino. Rogério Ceni, técnico do Bahia, obteve sua primeira vitória sobre o Fla após 16 derrotas anteriores; um gol baiano foi anulado por impedimento.
“Inicialmente, é preciso destacar que este posicionamento tem como ensejo uma série de fatores, cujos responsáveis estão dentro e fora do Clube de Regatas do Flamengo . Nesse sentido, assim como não se pode omitir a queda de rendimento esportivo do futebol profissional, há que se reconhecer a interferência direta, imoral e obscura da arbitragem no andamento do campeonato brasileiro. São dois assuntos de especial relevância para a instituição e que não se excluem mutuamente.”.
“1.4. Por isso, é necessário e urgente que o Clube, por intermédio da presidência e do departamento de futebol, transmita aos jogadores e comissão técnica o descontentamento com a passividade do elenco e a necessidade de mudanças – principalmente de comportamento”.