O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, prestou depoimento ao Tribunal Disciplinar da Conmebol nessa sexta-feira (10), em razão de um gesto considerado obsceno durante a comemoração da classificação do clube às semifinais da Libertadores.
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O episódio ocorreu após o confronto contra o Estudiantes, na Argentina, que terminou com os cariocas classificados. O jogador afirmou não ter tido a intenção de provocar a torcida adversária e pediu desculpas formais pelo ocorrido.
A audiência aconteceu por videoconferência. A defesa do atleta, conduzida pelo advogado Michel Assef Filho, argumentou que a reação de Bruno Henrique foi impulsiva e motivada por ofensas constantes e pela violência sofrida pela delegação desde a chegada ao país.
“Foi uma reação impensada, diante das inúmeras ofensas que os atletas vinham sofrendo naquele momento, e desde que chegaram na Argentina, e também ao arremesso de um isqueiro que o atingiu”, explicou o advogado ao portal UOL.
Flamengo aguarda definição antes da semifinal
O caso é tratado com cautela pela diretoria do clube carioca, já que a decisão da Conmebol poderá interferir diretamente na escalação da equipe para a semifinal da Libertadores.
O Flamengo enfrenta o Racing em dois confrontos decisivos: o primeiro será no Maracanã, no dia 22, e o segundo está marcado para o dia 29. Caso seja punido, Bruno Henrique pode se tornar um desfalque de peso.
Histórico disciplinar pesa sobre o atacante
Essa não é a única questão que envolve o atacante. Bruno Henrique está atualmente atuando no Campeonato Brasileiro amparado por um efeito suspensivo, após ter sido condenado pelo STJD a 12 partidas de suspensão e multa de R$ 60 mil.
A punição ocorreu em setembro, por ele ter, deliberadamente, forçado um cartão amarelo para favorecer apostadores, em uma partida contra o Santos em 2023.
A decisão do julgamento em primeira instância foi tomada por maioria da Primeira Comissão Disciplinar do STJD (4 votos a 1), com base no artigo 243-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de “atuar de forma contrária à ética desportiva, com o fim de influenciar o resultado de partida”.
A expectativa é que o Pleno do STJD agende o julgamento do recurso para os dias 30 ou 31 de outubro, encerrando a tramitação do caso no âmbito nacional.
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