Os destaques do dia passam por três frentes: a tensão no STJD envolvendo Bruno Henrique, que pode definir o destino do atacante na reta final da temporada; o reposicionamento político do Atlético-MG, que deixou a Libra e retornou à Liga Forte União em meio à disputa por direitos de TV; e o lançamento da camisa comemorativa “Pherusa”, em que o Flamengo resgata suas origens no remo e celebra o Dia do Flamenguista com exclusividade aos sócios-torcedores.
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Bruno Henrique no STJD: julgamento decisivo e riscos
O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, terá nesta quinta-feira (30), às 10h, o julgamento no Pleno do STJD que pode encerrar sua participação no ano. O caso definirá se a condenação inicial será mantida, o que acarretaria suspensão de 12 partidas — suficientes para abranger todos os jogos restantes da temporada —, ou se o atleta será absolvido. Enquanto aguarda a decisão, ele segue em campo amparado por efeito suspensivo concedido após recursos de defesa e da Procuradoria.
A estratégia do clube é tentar anular o processo por prescrição, tese que havia dividido a Primeira Comissão Disciplinar e acabou remetida à instância superior. Bruno Henrique foi inicialmente enquadrado no artigo 243-A do CBJD (ato contrário à ética desportiva), em votação de 4 a 1 pela punição. Na origem, três auditores rejeitaram a prescrição e dois foram favoráveis, abrindo caminho para o exame pelo Pleno.
A Procuradoria recorreu para buscar enquadramento mais grave: o artigo 243, parágrafo 1º, que trata de atuação deliberadamente prejudicial à própria equipe mediante promessa de vantagem indevida. A acusação aponta que o jogador teria informado ao irmão a intenção de receber cartão amarelo contra o Santos, no Brasileiro de 2023, para cumprir suspensão automática na rodada seguinte — tese rejeitada por unanimidade na comissão inicial, mas reavivada no recurso, com potencial de pena de um a dois anos.
Além das competições nacionais, o caso pode transbordar para o cenário internacional se o STJD solicitar à CBF a extensão de eventual punição a torneios fora do país. A decisão tem impacto direto no planejamento do Flamengo para a reta final do calendário e pode estabelecer um precedente importante sobre enquadramentos disciplinares em condutas interpretadas como antidesportivas.
Atlético-MG deixa a Libra e volta à Liga Forte União
O Atlético-MG anunciou nesta terça (28) que deixará a Libra e retornará à Liga Forte União, num movimento que ocorre após o Flamengo acionar a Justiça e bloquear pagamentos da TV Globo às equipes da Libra por discordâncias no modelo de divisão de receitas. A decisão recoloca o Galo no bloco rival na disputa pela organização de uma liga nacional e sinaliza novo alinhamento nas negociações de mídia.
No comunicado, o clube informou que negociará parte de seus direitos econômicos do Campeonato Brasileiro com a Sports Media Entertainment, sem detalhar percentuais, valores ou prazos, e com respeito aos contratos vigentes. Apesar da mudança de bloco, o Atlético-MG afirmou que cumprirá o acordo atual com a Libra até o fim de 2029, preservando os compromissos assumidos.
“Essa é uma decisão que já vinha sendo pensada há um tempo. O Atlético não compactua com essa visão individualista que, principalmente, o Flamengo vem tendo”.
A direção do Galo sustenta que a guinada busca fomentar governança consistente, visão de longo prazo e equilíbrio competitivo, contribuindo para uma liga unificada. O movimento adiciona pressão à reconfiguração das forças na mesa de negociação, reacende o debate sobre critérios de distribuição e sustentabilidade financeira e pode acelerar a busca por convergência entre os blocos em prol de um produto nacional mais robusto.
Flamengo lança a camisa Pherusa no Dia do Flamenguista
No Dia do Flamenguista (28), o clube apresentou a camisa comemorativa “Pherusa”, peça que conecta a atualidade às raízes do remo e à fundação do Rubro-Negro. O lançamento celebra a identidade do torcedor e resgata valores de superação que atravessam a história do Flamengo.
O nome homenageia o primeiro barco utilizado pelo então Grupo de Regatas do Flamengo. A embarcação naufragou em sua estreia, mas o episódio se eternizou como símbolo de coragem, união e resiliência — traços que se tornaram marcas da cultura rubro-negra e que a campanha faz questão de reavivar.
“A camisa Pherusa é a materialização do que é ser Rubro-Negro: é lutar, é se unir, é acreditar até o último respiro quando todo mundo acha impossível”.
A comercialização já ocorre no site oficial, com janela de exclusividade para membros do Nação Sócio-Torcedor até sábado (2). A escolha da data dialoga com a celebração de São Judas Tadeu, padroeiro das causas impossíveis, reforçando o vínculo simbólico entre fé, viradas históricas e a mística que o clube mobiliza para aproximar a torcida de suas origens.

















