Bruno Henrique é sincero após absolvição pelo STJD: “O que eu quero é…”

Bruno Henrique pelo Flamengo (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

Após ser absolvido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) das acusações de fraude relacionadas a apostas, Bruno Henrique voltou a campo pelo Flamengo no sábado (15 de novembro), na vitória por 5 a 1 sobre o Sport, na Arena Pernambuco. A decisão do tribunal, que manteve apenas a aplicação de multa no valor de R$ 100 mil, liberou o atacante para atuar normalmente nas rodadas finais da temporada.

Além de marcar um dos gols da equipe, ele fez sua primeira declaração pública após o desfecho do julgamento. O jogador evitou polemizar e destacou o desejo de seguir contribuindo dentro de campo.

“O que eu quero fazer agora é só jogar futebol e esquecer o que ficou para trás. Me preparar cada dia mais para conquistar esse título que todos nós queremos. Não tenho palavras para a torcida, é gratidão eterna, todo o carinho desde 23 de janeiro de 2019, quando cheguei aqui”.

O camisa 27 também se referiu ao apoio que recebeu de torcedores rubro-negros em Recife, demonstrando emoção ao lembrar do acolhimento no hotel antes do jogo.

“Se eu pudesse, eu abraçava os 45 milhões de torcedores. Aquele carinho quando cheguei em Recife mostrou que era aquilo que eu precisava. Aquele abraço foi para representar um abraço nos 45 milhões”.

Apesar do tom conciliador, Bruno Henrique não deixou de mencionar o incômodo com a forma como o caso foi tratado por parte da imprensa. Segundo ele, a exposição foi acompanhada de sentimentos negativos e injustos.

“Vi muita raiva e ódio no tempo em que o tema foi tratado. Que Deus possa abençoar essas pessoas. A resposta que tenho que dar é para o Flamengo, e é isso que vou fazer daqui para frente”.

O jogador reforçou ainda que pretende seguir à disposição do técnico para o restante da temporada, inclusive nas decisões mais importantes, como a final da Libertadores.

“Estou aqui para ajudar, independente se jogar ou não. Quero me preparar cada vez mais para ajudar o Flamengo. Essa blindagem foi muito importante para mim. Só tenho a agradecer à minha família e a Deus”.

O julgamento no STJD envolveu nove votos. A maioria dos auditores decidiu pela aplicação da pena mais branda, concluindo que não havia provas suficientes para enquadrar o atleta no artigo 243-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que trata de condutas desleais com intenção de influenciar resultados. Com isso, prevaleceu o entendimento de que o jogador descumpriu apenas normas de competição.