O noticiário do Flamengo nesta quinta-feira foi marcado por três episódios que movimentaram a torcida. Uma possível volta de Vinícius Júnior ao clube voltou a ser comentada após declarações otimistas do diretor José Boto. Já a atitude de Léo Ortiz na final da Copa Intercontinental dividiu opiniões entre os torcedores.
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Além disso, o CEO do Grêmio fez críticas ao Flamengo ao comentar sobre a concentração de poder no futebol brasileiro, comparando o cenário com o domínio do Bayern na Alemanha. Confira tudo agora nesse resumo especial preparado para você.
José Boto alimenta sonho da torcida com possível volta de Vinícius Jr ao Flamengo
A recente entrevista de José Boto ao jornal espanhol Diario AS trouxe novamente à tona a forte conexão entre Vinícius Júnior e o Flamengo. O diretor de futebol do Rubro-Negro afirmou que acredita no retorno do atacante ao clube em algum momento da carreira, destacando o laço emocional que o jogador mantém com a equipe que o revelou para o futebol mundial. Desde sua saída em 2018 para o Real Madrid, Vinícius se consolidou como uma das principais peças ofensivas do time espanhol.
Segundo Boto, a estrutura do Flamengo atualmente não deixa a desejar quando comparada a grandes clubes europeus como Real Madrid, Benfica ou Juventus. Ele destacou os avanços em infraestrutura, assistência médica e treinamento como atrativos para uma eventual volta. O dirigente ainda reforçou que quem vive o clube carioca desenvolve um sentimento duradouro que pode motivar o retorno no futuro.
“Quem vive o Flamengo cria um amor e uma paixão para toda a vida. Chegará o momento em que desejará voltar. Isso é certo”, declarou José Boto.
Apesar do bom rendimento no Real Madrid sob comando de Xabi Alonso — com 6 gols e 9 assistências em 29 jogos na temporada —, o desempenho ainda é visto como abaixo do esperado. Com contrato até 2027 e um valor de mercado estimado em 150 milhões de euros, Vinícius Júnior está longe de um retorno imediato, mas o discurso do dirigente reacendeu o imaginário da Nação Rubro-Negra.
Polêmica: Léo Ortiz recusa bater pênalti e divide torcida do Flamengo
Léo Ortiz protagonizou uma cena controversa durante a final da Copa Intercontinental entre Flamengo e PSG, realizada no Catar. Após o empate por 1 a 1 no tempo normal e prorrogação, a decisão foi para os pênaltis. Em um momento captado pelas câmeras da transmissão oficial, Ortiz foi abordado por Filipe Luís, técnico do Flamengo, para saber quem estaria disposto a cobrar as penalidades. O zagueiro recusou: “Vou bater não”, disse, frase que viralizou rapidamente nas redes sociais.
A repercussão foi imediata. Parte da torcida considerou a atitude como falta de comprometimento em um momento crucial. Já outro segmento da torcida defendeu Ortiz, argumentando que ele estava fisicamente debilitado. O zagueiro voltava de lesão na coxa e, mesmo atuando os 120 minutos da partida, estava exausto ao final do jogo. Essa condição teria sido o motivo para sua recusa em cobrar o pênalti.
“O zagueiro jogou no sacrifício e fez uma partida defensiva monumental”, apontou uma torcedora nas redes sociais.
Apesar da derrota nas penalidades — com cobranças desperdiçadas por Pedro, Saúl, Léo Pereira e Luiz Araújo — a atuação de Ortiz durante a partida foi elogiada por sua consistência defensiva. O episódio, no entanto, trouxe à tona debates sobre liderança, responsabilidade e o limite físico dos atletas em jogos decisivos.
CEO do Grêmio critica concentração de poder e alerta sobre domínio do Flamengo
O CEO do Grêmio, Alex Leitão, fez duras críticas à possível concentração de poder no futebol brasileiro com o protagonismo crescente do Flamengo. Em entrevista à GZH, o dirigente traçou um paralelo com a Bundesliga, sugerindo que o Brasileirão corre o risco de se tornar um campeonato dominado por um único clube, como o Bayern de Munique na Alemanha. Ele alertou para a necessidade de união entre os demais clubes para evitar esse cenário.
Leitão se referia ao impasse envolvendo a Libra, grupo que discute os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. Recentemente, o Flamengo acionou a Justiça para tentar barrar repasses aos demais clubes, o que gerou atritos internos. Embora a medida tenha sido revertida, o episódio reforçou o debate sobre a equidade na distribuição de receitas.
“O que o presidente do Flamengo quer é que o Brasileirão se transforme em uma Bundesliga, onde o Flamengo seja o Bayern de Munique. De cada 10 campeonatos, ele vai ganhar nove. Agora, os outros 19 clubes precisam se juntar e impedir que isso aconteça”, disse Alex Leitão.
Apesar das críticas, o CEO do Grêmio rejeitou posições extremas como o isolamento do Flamengo da liga e defendeu soluções racionais e coletivas para a negociação dos direitos comerciais. Ele propôs uma distribuição mais consciente das receitas, de forma a preservar a competitividade do campeonato e impedir o distanciamento técnico e financeiro entre os clubes.


















