O vínculo de Filipe Luís com o Flamengo, que termina na próxima quarta-feira (31), segue indefinido. Apesar do desejo da diretoria de renovar com o treinador, as conversas não avançaram nos últimos dias, e a possibilidade de uma troca no comando técnico passou a ser considerada de forma mais concreta.
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Filipe Luís encerrou a carreira como jogador em 2023 e assumiu o time principal no segundo semestre de 2024, após a saída de Tite. Em pouco tempo, obteve resultados expressivos, conquistando títulos como a Libertadores, o Campeonato Brasileiro e a Supercopa do Brasil, além de outras taças importantes no cenário internacional. A boa temporada valorizou seu trabalho e gerou expectativa por uma renovação antecipada, que acabou não se concretizando.
A negociação entre as partes se arrasta desde o primeiro semestre e enfrenta entraves financeiros. O técnico já aceitou uma proposta inferior à inicialmente pedida, com acréscimos em metas e multa rescisória acessível. No entanto, o ponto crítico está nos vencimentos de sua comissão técnica. Filipe Luís entende que os salários do auxiliar Ivan Palanco e do preparador físico Diogo Linhares devem ser negociados à parte, enquanto a diretoria insiste em um pacote fechado para os três profissionais.
Enquanto tenta estender o vínculo de seu atual treinador, o Flamengo também se movimenta em outras frentes. A diretoria analisa três nomes para assumir o comando caso o acordo com Filipe Luís não avance: Leonardo Jardim, Thiago Motta e Artur Jorge. Entretanto, cada alternativa apresenta obstáculos distintos e pode exigir negociações complexas.
Leonardo Jardim é bem avaliado internamente, especialmente após o bom desempenho no Cruzeiro. Porém, pediu demissão com o objetivo de se aposentar, e há ceticismo sobre uma possível mudança de ideia. Já Thiago Motta, que deixou a Juventus, tem bom currículo, mas enfrenta resistência por conta de uma antiga desavença com Danilo, atual jogador do Flamengo. A presença do zagueiro no elenco poderia gerar desconforto no ambiente, caso Motta fosse contratado.
Por outro lado, Artur Jorge tem contrato com o Al-Rayyan, do Catar, até 2027, e sua liberação depende do pagamento de uma multa de aproximadamente 33 milhões de reais. Apesar disso, há relatos de que já exista um acordo verbal entre o treinador e o clube carioca, sinalizando uma possível saída se houver necessidade de substituição.
Apesar da pressão interna por uma definição rápida, a diretoria não trabalha com prazos rígidos. Há quem defenda o encerramento das tratativas se não houver consenso até domingo (29 de dezembro), mas o entendimento majoritário é de que vale a pena insistir um pouco mais por Filipe Luís, que continua sendo considerado prioridade para 2026.

















