Flamengo não utilizará o Maracanãzinho nas semifinais do NBB

Varejão tenta ganhar a bola, após o árbitro joga-la para o alto (Foto: Marcelo Cortes/Flamengo)
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Concessionário do Complexo do Maracanã pelos próximos seis meses ao lado do Fluminense, o Flamengo fez vistoria no Ginásio do Maracanãzinho e vê a arena como apta para receber eventos tanto de esporte quanto para futuras locações. O Rubro-Negro, porém, optou por não jogar às semifinais do NBB no local por conta de um conflito de data.

Na série melhor de cinco contra Pinheiros ou Botafogo, o time fará ao menos dos jogos no Rio de Janeiro. E uma das datas conflita com um jogo do Fluminense.

Assim, a diretoria de olímpicos optou pelo Ginásio do Tijuca para essa sequência de partidas, mas é possível que o Maracanãzinho apareça em uma possível final do Novo Basquete Brasil.

O plano do Flamengo é utilizar o ginásio ao lado do Maracanã também para as outras modalidades olímpicas, como o vôlei (caso também do Fluminense). A ginástica e o judô são outras ações olímpicas de relevância no clube, mas neste momento não há discussão sobre o uso deles. Para isso, trabalha em um estudo para entender os custos de operação do Maracanãzinho e pensa em setorizar o local. Por exemplo: em determinado evento, de apelo menor, pode ser que o Flamengo abra apenas uma parte das arquibancadas, diminuindo gasto com pessoal e outros valores.

O plano da Arena ainda é uma realidade, mas no atual cenário o Maracanã é prioridade. O Maracanãzinho está apto a receber eventos esportivos, e não só do Flamengo e Fluminense. O ginásio poderá ser locado por outras instituições. Não será utilizado nas semifinais do NBB por um conflito de data com uma partida de futebol do Fluminense, praticamente no mesmo horário de um dos jogos da equipe de basquete – explica o Flamengo.

A futura utilização do ginásio onde o time foi campeão das Américas e já fez jogos históricos de basquete faz com que o Flamengo trate o Maracanãzinho como uma prioridade, mas o projeto da Arena multiuso na Gávea, sede social, é tratado como “realidade”. Depois de vários anos com dificuldade para conseguir todas as licenças. A última veio em 2016, da Prefeitura, através do prefeito Marcelo Crivella. Antes, o clube negociou com a CET-Rio, por causa do trânsito na região da Gávea, o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), o Corpo de Bombeiros e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

A dificuldade do clube para solucionar todas essas questões veio junto com a queda da economia brasileira. O Flamengo tinha acertado com uma empresa multinacional o “Naming Right” da Arena Multiuso e ações na área interna externa do ginásio. Ela seria responsável pela execução e custo da obra. A empresa, contudo, acabou desistindo do negócio no ano passado e o Rubro-Negro desde então segurou o projeto.

Neste mesmo tempo, o clube conseguiu a concessão provisória do Complexo do Maracanã. A assinatura aconteceu em 12 de abril. O Fluminense, por não ter as Certidões Negativas de Débito, não pôde assinar como permissionário adicional. O tricolor tem então um acordo à parte com o Flamengo. A concessão dura por 180 meses e pode ser prorrogado por até um ano.

Pelo acordo, Flamengo e Fluminense vão arcar com os custos fixos do Maracanã, cerca de R$ 2 milhões por mês, além do pagamento mensal de R$ 166.666,67 ao Governo – valor que será repassado ao complexo Célio de Barros e Júlio Delamare. Os clubes também terão direito a explorar o Tour Maracanã diante do seguinte acordo: repasse de 10% do faturamento mensal ou um mínimo de R$ 64 mil.

Retirado de: Globo Esporte