Vale apostar? 10 jogadores brasileiros “desconhecidos” que poderiam brilhar por aqui

Marcos braz (esquerda) e Paulo Pelaipe (direita) durante coletiva de imprensa no Ninho do Urubu (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

Você não se lembra de Roberto Firmino brilhando no Brasileirão, certo? Ou mesmo tem vaga memória de David Luiz atuando regularmente na elite do nosso futebol. Ficou surpreso na última convocação de Tite ao ver que Wesley, também sem destaque por aqui, estava entre os chamados, não é? Pois bem, uma realidade cada vez mais presente no dia a dia é o surgimento de jogadores brasileiros longe daqui.

Neste embalo, a reportagem do UOL Esporte apresentará para vocês 10 atletas que nasceram aqui mas foram para outros países antes de atingirem o sucesso. E que certamente poderiam estar atuando nos melhores clubes do nosso futebol.

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Desconhecidos, hoje, mas amanhã, quem sabe, estarão carregando a esperança de torcedores brasileiros.

Galeno, 22 anos, Braga (Portugal)

Wanderson Galeno atende apenas pelo sobrenome desde que deixou o Trindade e o Grêmio Anápolis, em 2016. Natural de Barra da Corda-MA, o jogador não chegou a atuar profissionalmente no Brasil. Foi comprado pelo Porto, emprestado ao Portimonense, depois ao Rio Ave e assinou em definitivo com Braga, todos em Portugal, nesta temporada. Atacante de lado de campo, ele soma 19 partidas com cinco gols marcados pela equipe. É titular e esteve em campo no último jogo da Liga Europa, por exemplo.

Luiz Phellype, 26 anos, Sporting (Portugal)

O centroavante Luiz Phellype tem carreira longa no futebol, mas jamais atuou com regularidade no Brasil. Do Desportivo Brasil para o Standard Liége, da Bélgica, com 19 anos. Dali para o Beira-Mar, o Estoril Praia, o Feirense, todos em Portugal. Depois uma passagem pelo Recreativo do Líbolo, em Angola. A volta ao Paços Ferreira, muitos gols, e a chance no Sporting. Jogador de imposição, força e faro artilheiro, tem cinco gols em 15 partidas na temporada, a segunda no clube de Lisboa.

Gabriel, 21 anos, Lille (França)

Uma única temporada em time principal no Brasil. Essa é a realidade de Gabriel, zagueiro que atualmente defende o Lille, da França. Em 2016, ele disputou 32 partidas pelo Avaí, marcou dois gols, e embarcou para o clube que defende atualmente. De lá foi emprestado ao Troyes, também da França, ao Dinamo Zagreb, da Croácia, e voltou ao clube detentor de seus direitos no ano passado. Conquistou a titularidade nesta temporada, jogou 16 partidas, sendo cinco pela Liga dos Campeões, e foi convocado para seleção olímpica do Brasil.

Júnior Caiçara, 30 anos, Basaksehir (Turquia)

Uilson de Paula Júnior virou Júnior Caiçara pelo futebol. Mas no Brasil, seu nome ainda é pouco conhecido. O lateral direito fez categorias de base no Coritiba, esteve no Santo André, CSA e América-SP. Em 2010 se transferiu para o Gil Vicente, de Portugal. De lá para o Ludogorets, da Bulgária, onde conseguiu destaque se firmando como titular por três temporadas. Em seguida rumou ao Shalke 04, da Alemanha, onde atuou até a temporada 2016/2017, quando se transferiu para o clube que defende atualmente.

Tiquinho Soares, 28 anos, Porto (Portugal)

A carreira de Francisco Chagas Soares dos Santos, conhecido pelo apelido de Tiquinho, não parecia nada empolgante no Brasil. O centroavante paraibano atuou pelo Corinthians-AL, Palmeiras de Alagoinha, América-RN, Botafogo-PB, CSP, Sousa-PB, Cerâmica-RS, Treze-PB, Veranópolis-RS e Pelotas. Praticamente um ano em cada clube, ou menos. Até que se transferiu para o futebol português. Por lá empilhou gols no Nacional e no Vitória de Guimarães, chamando atenção do Porto. Comprado em 2016, virou artilheiro da equipe. Fez 12 gols na primeira temporada, 11 na segunda, 22 na terceira e atualmente tem quatro gols em 17 jogos. Hoje tem multa rescisória de 40 milhões de euros (R$ 186,7 milhões).

Raphinha, 22 anos, Rennes (França)

Das categorias de base do Avaí para o time B do Vitória de Guimarães, de Portugal. Esse foi o início da trajetória de Raphael Dias Belloli, meia-atacante canhoto natural de Porto Alegre, no futebol. Raphinha conquistou respeito por lá, se transferiu para o Sporting em 2018 e manteve um desempenho digno de elogios. Foi titular na primeira temporada, disputando 36 partidas e marcando sete gols. Acabou comprado pelo Rennes por 20 milhões de euros (R$ 93,3 milhões) e é titular absoluto da equipe. Marcou nos dois últimos jogos do Campeonato Francês.

Renato Neto, 28 anos, Oostende (Bélgica)

O meio campista Renato Neto nunca atuou profissionalmente no Brasil. Com 18 anos, deixou a Academia Catarinense de Futebol com a base do Sporting, de Portugal, como destino. Mas não foi por lá que construiu carreira. Em 2010 foi para o Cercle Brugge, da Bélgica, voltou ao Sporting uma temporada depois, esteve no Videton, da Hungria, e atingiu o ápice no Gent, também belga. Jogou seis temporadas lá, conquistou o Campeonato Belga, e se transferiu na última janela para o Oostende.

André Shinyashiki, 22 anos, Colorado Rapids (Estados Unidos)

Não estranhe este sobrenome. André Shinyashiki é o quarto dos cinco filhos de Roberto Shinyashiki, famoso psiquiatra autor de livros de autoajuda e palestrante. Mas o caminho escolhido pelo atacante é bem diferente do que trilhou o pai. Destaque do futebol universitário nos Estados Unidos, ele debutou na MLS (Liga norte-americana) e foi eleito melhor novato da última temporada. Autor de sete gols em 31 jogos e mais três assistências, ele foi repassado por empréstimo ao Colorado Springs Switchbacks, franquia parceira do clube que detém seus direitos.

Bruno Tabata, 22 anos, Portimonense (Portugal)

Bruno Tabata deixou a base do Atlético-MG antes mesmo de se profissionalizar. O Portimonense foi o destino, em Portugal. Atuando regularmente desde a temporada 2016/2017, ele foi um dos melhores dribladores do país na temporada passada. Titular do time, já disputou 15 partidas neste ano e esteve com a seleção olímpica do Brasil na disputa do Torneio de Toulon, na França.

Dyego Sousa, 30 anos, Shenzhen (China)

Da base do Palmeiras para o Nacional, de Portugal. Com 18 anos, Dyego Sousa não se adaptou. Voltou para o país para atuar por Moto Clube, Andraus e Operário Ferroviário. E quanto partiu de novo para Europa, encontrou seu melhor futebol. Não foi simples, de cara esteve no pequeno Leixões, foi para o Interclube, de Angola, jogou no Portimonense e no time B do Marítimo. Mas desde que subiu ao principal, passou a empilhar gols. Em 2017 foi contratado pelo Braga, fez 12 gols em um semestre, 20 gols em outro e acabou comprado por 12 milhões de euros (R$ 57 milhões) pelo Shenzhen, que foi rebaixado para segunda divisão chinesa.

Retirado de: UOL