Eduardo Bandeira de Mello rebate críticas da época pela venda de Lucas Paquetá ao Milan

Lucas Paquetá durante treinamento no Ninho do Urubu (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)
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Em participação no BB Debate, da ESPN Brasil, nesta terça-feira, o ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, rebateu as críticas que foram feitas pela venda do meia Lucas Paquetá ao Milan, no final de 2018.

À época, o mandatário foi acusado de “apressar” a negociação com o prata-da-casa, de forma que ela fosse fechada ainda no ano fiscal de 2018, e, portanto, ajudasse a deixar o balanço de seu último ano de gestão positivo em termos financeiros.

Também houve chuva de reclamações pelo fato da venda ter sido fechada em 35 milhões de euros (R$ 210,29 milhões, na cotação atual), abaixo da multa rescisória do atleta, que era de 50 milhões de euros (R$ 300,41 milhões, na cotação atual).

Bandeira, porém, garantiu que fez uma “excelente negociação” para o Fla, e ressaltou que o próprio Paquetá queria ser vendido, pois estava motivado a jogar na Europa, o que fez seu desempenho em campo piorar.

“Efetivamente, quando o Paquetá foi negociado, ele foi negociado por 35 milhões de euros, mas os bônus, que provavelmente serão atingidos, e, com isso, o valor provavelmente chegará a 45 milhões de euros, que era quase a multa rescisória dele. Chegaram a abrir processos internos, e foi lamentável isso, no clube, dizendo que houve irregularidades, dizendo que era muito estranho vender o jogador abaixo da multa”, lembrou.

“Isso é tão ridículo que, na época, fizemos, até para responder esses questionamentos, um levantamento nos sistemas da Fifa de todas as negociações que são feitas, e 96% delas, se não me engano, são abaixo da multa”, afirmou.

“É natural que assim seja. A multa é estabelecida para não ser atingida. Hoje, ninguém diz que a negociação do Paquetá foi um negócio ruim para o Flamengo. É um jogador excepcional, prata-da-casa, rubro-negro e que, naquele momento, era nosso principal jogador, mas que estava motivado por essa possibilidade da venda para o Milan, de jogar na Europa. Isso estava inclusive afetando o desempenho dele. Conseguimos negociar e ficar com ele até o final da temporada, e ele melhorou. Até admitiram isso, e foi uma excelente negociação para o Flamengo”, complementou.

Bandeira de Mello ainda disparou contra seus acusadores, apontando que a maior parte deles agora ocupa cargos na gestão do presidente Rodolfo Landim, e que venderam o meia Reinier ao Real Madrid por 30 milhões de euros (R$ 180,25 milhões, na cotação atual).

A multa rescisória do hoje atleta merengue chegou a ser de 70 milhões de euros (R$ 420,58 milhões, na cotação atual). No entanto, quando ele renovou seu vínculo, em 2019, ela caiu para 35 milhões de euros.

“E agora, as mesmas pessoas que me acusaram (pela venda do Paquetá) negociaram o Reinier por um valor muito abaixo da multa, muito menor que no caso do Paquetá. Não sou irresponsável, e compreendo que, naquele momento, foi a melhor atitude que o Flamengo poderia ter tomado. Quanto a isso, acho que hoje já não existe mais nenhuma dúvida sobre o assunto, como foi levantado na época”, finalizou.

Retirado de: ESPN