Carlos Alberto Parreira defende manutenção de Tite e diz que seleção não precisa de Jorge Jesus

Jesus durante uma partida do Flamengo (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

Para Carlos Alberto Parreira, a seleção brasileira ‘não precisa’ de Jorge Jesus. Defendendo, durante o Jogo Aberto desta quinta-feira, a manutenção de Tite, o ex-técnico elogiou o trabalho do português no Flamengo, mas credita que ainda não é momento de um técnico estrangeiro assumir a pentacampeã mundial.

“Eu acho que não falta qualidade, só que a gente não precisa que ele (Jorge Jesus) treine a seleção brasileira. Qualidade é sempre bem-vinda, ele fez um trabalho maravilhoso no Flamengo. Acho que a seleção está muito bem com o Tite. Isso nunca passou pela minha cabeça, ter um técnico estrangeiro dirigindo a seleção brasileira. Um dia, talvez, ocorra, mas não acho que agora é o momento”, opinou Parreira.

“Se eu fosse o presidente da CBF, eu manteria o Tite. Eu nunca vi um treinador chegar tão prestigiado na seleção brasileira como o Tite chegou. Era unanimidade. Não ter vencido a Copa na Rússia, foi eliminado pela Bélgica… No segundo tempo, o Brasil fez um gol, tivemos chances de mudar o resultado do jogo, mas fica o resultado. Fomos eliminados nas quartas mais uma vez, e você sabe que o resultado, aqui no Brasil, fala muito alto. (…) Eu acho que a gente tem que acreditar ainda no trabalho dele. Eu daria um crédito, não pensaria em mudar”, completou.

Técnico da seleção brasileira na conquista do tetracampeonato mundial, Parreira explica que o Brasil passa por um processo de renovação e vê as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022 como ‘divisor de águas’ para o time de Tite.

“O Tite passa por esse processo de renovação, trazer novos jogadores, e eu acho que as Eliminatórias vão ser um divisor de águas. Nós temos jogadores experientes, como Daniel Alves e o Thiago (Silva), o próprio Neymar, que é o grande nome dessa seleção, e jogadores que vão chegar e, com certeza, durante as Eliminatórias, aproveitados pelo Tite, a gente pode chegar bem nas Eliminatórias. Vai se classificar, não tenho a menos dúvida disso. E o Brasil sempre é candidato. É uma fase de transformação, de definição, não de esquema, mas de nomes e de formação de equipe”, analisou.

Retirado de: UOL