Ídolo do Bayern de Munique revela frustração de não ter jogado no Flamengo

Escudo do Flamengo é exposto próximo a um dos gols, no gramado do Maracanã (Foto: Daniel Castelo Branco)

Ídolo do Bayern de Munique e com passagem marcante na Europa, Giovane Élber não atuou por muito tempo no Brasil. Apesar de ser de Londrina, na infância, o ex-atacante torcia para o Flamengo. Em entrevista exclusiva ao portal ‘Fox Sports’, o brasileiro revelou que teve proposta de ir ao clube antes de se mudar para Munique e disse que não ter vestido a camisa rubro-negra foi uma pequena frustração de sua carreira.

“Isso se pode falar mesmo. Que é uma ‘frustração’ que ficou para mim por não ter jogado no Flamengo. Tive oportunidade, quando ainda estava jogando pelo Stuttgart, antes de ir para o Bayern de Munique. Vieram me perguntar se eu queria voltar para o Brasil, jogar no Flamengo. Como estava bem entrosado na Europa, resolvi ficar por lá. Mas, cada vez que tenho oportunidade de acompanhar um jogo do Flamengo ou ir ao Maracanã, é arrepiante”, disse o ex-jogador.

“Eu fico pensando: ‘Essa torcida gritando um gol do Giovane Élber ia ser um máximo’. Mas, eu alcancei coisas que, quando comecei a jogar, jamais pensei que chegaria onde cheguei. De disputar Campeonato Alemão, Uefa Champions League, de ser o mais artilheiro estrangeiro de um Campeonato – depois me passou Cláudio Pizarro e depois Lewandowski. Então, foram coisas que aconteceram na vida que eu não posso me arrepender. Mas, claro, ia ser muito bom se tivesse a chance, a oportunidade de jogar no Flamengo”, completou.

Élber em ação pelo Bayern (Foto: Getty Images)

Élber ainda mantém esse sentimento pelo Rubro-Negro intacto até os dias atuais. O ídolo do Bayern acompanha as principais partidas da equipe carioca e celebrou, no último ano, as grandes conquistas do time de Jorge Jesus. Após a final da Libertadores, ele chegou a fazer contato com Rafinha, seu amigo, para comemorar com o amigo o momento.

“O Flamengo foi impressionante. O ano de 2019 foi muito bom. Quando ganhou a Libertadores, eu entrei logo em contato com o Rafinha. Estava até chorando de alegria, de emoção, de ver o Flamengo ganhar uma Libertadores. Fazia tempo que não ganhava. Pensei no Rafinha, porque quando ele saiu do Bayern de Munique, ele tinha oportunidade de ter ficado no futebol europeu. Ele resolveu vir para o Flamengo. Quando a gente se encontrou em Londrina, ele falou: ‘Guerreiro, estou voltando. Vou jogar no Flamengo’. Eu falei: ‘Rafinha, pô, Flamengo, cara. Uma fumaça, o que a gente escuta ali não é fácil”, lembrou.

“Mas, no final, o Flamengo, nessa temporada, foi perfeito. Não dentro de campo, mas também fora. Mostrou que você tem que ser profissional naquilo que você faz. Não só os jogadores, mas também a diretoria. Investiram muito bem, trouxeram um treinador que deu certo. O Flamengo chegou até o Mundial, infelizmente não ganhou. Em 2020 começou muito bem. Agora, com a pausa devido ao coronavírus, vai ter que esperar para ver como os jogadores voltam dessa paralisação que ocorreu. Flamengo é Flamengo, meu amigo. Isso aí a gente adora de acompanhar, adora de ver. Quando tem um tempo, tem que acompanhar o Mengão”, finalizou.

No futebol brasileiro, Élber teve uma passagem curta pelo Cruzeiro, onde encerrou sua carreira como jogador em 2006. Fez 27 jogos pela Raposa e marcou em nove oportunidades.

Retirado de: Fox Sports