Jorge Jesus informou que deixaria o Flamengo após desgaste e ato de indisciplina de Gabigol

Jorge Jesus e João de Deus durante treinamento do elenco do Flamengo na academia do Ninho do Urubu (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

Até a dança das cadeiras dos treinadores fugiu da normalidade em 2020. Numa movimentação no sentido inverso do que costuma ocorrer, profissionais têm rompido contratos por iniciativa própria. Alguns movidos por insatisfação. Outros, pela oferta de trabalho num clube de maior visibilidade.

Em comum, o fato de os times abandonados não conseguirem manter seus bons resultados. E projetos vistos como exemplares simplesmente derretem com a troca do comando.

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Desde a retomada após a paralisação, técnicos que faziam bons trabalhos deixaram seus times. Em julho, Jorge Jesus puxou a fila. No mês passado Eduardo Coudet rompeu seu contrato com o Internacional para assumir o Celta, da Espanha. O time, que liderava até então, caiu de produção.

Sua saída guarda semelhanças com a de Jesus. Não só por provocar um derretimento do projeto montado pelo clube como também por ter sido influenciada por problemas internos. O argentino já não escondia sua insatisfação com a diretoria. Ele assumiu o Inter com a promessa de que teria um elenco à altura do do Flamengo, o que não ocorreu.

A despedida de Jesus ocorreu num momento de desgaste com alguns jogadores. Nomes como Bruno Henrique e Gabigol já não lidavam bem com seu rigor. Principalmente o camisa 9, que em 28 de junho abandonou um treino após as cobranças do treinador com um desabafo: “Para mim, deu”.

No dia seguinte, durante a exibição de vídeos do Boavista, então o próximo adversário , Jesus perguntou a Gabigol na frente do grupo se ele tinha algo a dizer. Primeiro, o atacante balançou a cabeça negativamente. Em seguida, emendou: “Cada um sabe de si”. A reunião acabou ali, e o camisa 9 não foi relacionado para o jogo.

Oficialmente, Jesus e Flamengo comunicaram a rescisão contratual em 17 de julho. Mas a diretoria fora informada do adeus no dia 1º, antes do jogo contra o Boavista e após a indisciplina.

Retirado de: Extra